As vendas de novos imóveis subiram 11,8% em 2024 para mais de 186 mil unidades — o maior volume já registrado desde 2014. Outros dados divulgados pela Abrainc, associação do setor, indicam e confirmam o momento de alta:

• Aumento de 21,6% no volume total de imóveis residenciais lançados no ano passado, para pouco mais de 150 mil unidades;
• Crescimento de 25% no volume de lançamentos dentro do programa Minha Casa Minha Vida;
• Alta de 21% nos lançamentos de empreendimentos de médio e alto padrões.

Outro destaque pontuado pela Abrainc foi a queda na duração da oferta de imóveis — período médio para acabar o estoque —, com a do segmento de médio e alto padrões chegando a 13 meses em dezembro de 2024.

Por que isso importa? 

Segundo o presidente da instituição, os números aquecidos indicam que o mercado imobiliário está cada vez mais dependente de investimentos estruturados e menos da tradicional caderneta de poupança.

• Ainda assim, existe uma preocupação sobre o impacto do saque-aniversário do FGTS no mercado imobiliário e no sonho da casa própria dos brasileiros.

Para o presidente da Abrainc, o atual modelo de consignado do saque-aniversário do FGTS poderia ser substituído por um novo produto de crédito: o consignado eSocial.

Na prática, essa novidade (i) permitiria aos trabalhadores ter acesso a mais crédito sem prejudicar tanto os recursos do FGTS e (ii) faria os bancos terem um volume muito maior de recursos e de clientes para fazer suas operações de consignado.

Outro entrave é a taxa Selic. A manutenção dos juros básicos acima de dois dígitos — 13,25% ao ano atualmente —, sem expectativa de queda ou estabilidade, encarece e restringe o acesso ao crédito para a compra de bens.

🔮 O futuro: Apesar do aumento da taxa de juros no Brasil, o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis acredita que o mercado imobiliário deve crescer 20% em 2025, alavancado por imóveis de alto padrão.