Como se a Fórmula 1 não fosse o suficiente, a Liberty Media também será dona da MotoGP, responsável pelas principais competições de motovelocidade do mundo.

O acordo de compra está na casa dos US$ 3,8 bilhões.

Por que isso importa? Quando a empresa americana pagou US$ 4,4 bilhões pela F1 em 2016, a entidade esportiva tinha pouco mais 400 milhões de fãs globais.

Seu antigo dono, Bernie Ecclestone, se recusava a deixar que os patrocinadores utilizassem imagens das corridas em campanhas publicitárias ou que os pilotos as compartilhassem nas redes sociais.

• A Liberty Media, que visava fãs mais novos, era a favor dessa exposição digital.

Eis que entra a Netflix…. Quando a ideia chegou para a gigante do streaming, a empresa buscava conteúdos esportivos que atraíssem espectadores europeus — principal mercado da F1.

Ao mesmo tempo, a Fórmula 1 queria crescer nos EUA, principal mercado da Netflix. Ou seja… Melhor match impossível — com um timing perfeito.

Em 2019, estreou a série “F1: Dirigir para Viver”. Na época, a média de telespectadores por corrida nos EUA era de cerca de 500.000. Em 2023, essa média chegou a 1,1 milhão.

• Já o número de fãs espalhados pelo mundo superou a marca de 1,55 bilhão em 2021.

A F1 também tem aumentado suas receitas, fechando o ano passado com US$ 3,2 bilhões, um crescimento de 25% na comparação ano a ano.

A MotoGP, por sua vez, terminou 2023 com mais de 50 milhões de fãs em plataformas sociais e digitais e viu quase 3 milhões de pessoas assistirem ao vivo aos 20 Grandes Prêmios realizados.

• Falando de faturamento, foram quase US$ 220 milhões entre patrocínio e venda de ingressos.

Looking forward: Para o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, “o negócio tem vantagens significativas” e a pretensão é de crescer o esporte globalmente “para os fãs da MotoGP, equipes, parceiros comerciais e acionistas”.