Ele se reconectou com o mundo com a ajuda da Neuralink

TECNOLOGIA

Ele se reconectou com o mundo com a ajuda da Neuralink

Redação
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28 maio 2024Última atualização: 28 maio 2024
Noland Arbaugh, primeiro paciente humano da Neuralink

(Imagem: Wired | Reprodução)

Em 2016, junto a um grupo de sete cientistas e engenheiros, o Sr. Elon Musk fundou a Neuralink com o intuito — meio bizarro — de alcançar a "simbiose" entre o cérebro humano e a inteligência artificial.

Para isso, a empresa passou a desenvolver um dispositivo que seria incorporado ao cérebro de uma pessoa, que registraria a atividade cerebral para potencialmente poder estimulá-la.

Em 2020, veio a primeira validação. Implantado no cérebro de um porco, o chip foi capaz de prever com precisão o posicionamento das pernas do animal quando ele caminhava em uma esteira. Veja o vídeo aqui.

No ano seguinte, a startup divulgou um vídeo de um macaco jogando videogame com sua mente, mas para estimular o animal, usando um joystick desconectado do console de jogos.

https://www.youtube.com/watch?v=rsCul1sp4hQ

Fast-forward para janeiro deste ano

Noland Arbaugh virou o primeiro humano a receber o chip cerebral da Neuralink e poder controlar um computador ou smartphone por meio de sua mente.

Segundo o paciente, você se torna muito impotente ao ser tetraplégico. Logo, ele queria retomar o máximo de controle possível.

⚠️ O risco de ser o primeiro. Um mês após a cirurgia, alguns dos fios do dispositivo foram retraídos do cérebro de Arbaugh, afetando o paciente emocionalmente ao não saber se poderia seguir usando o dispositivo.

  • Por praticamente uma “sorte”, o problema foi resolvido sem a necessidade de uma nova cirurgia.

Do lado dos benefícios, Arbaugh disse que o implante definitivamente lhe deu mais propósito. Desde o momento em que acorda ele sente que está fazendo um trabalho importante.

Ele possui sessões de estudo de quatro a oito horas por dia com uma equipe da Neuralink, mas enxerga isso como diversão em vez de uma obrigação.

  • Segundo o paciente, muitas vezes, ele utiliza o implante das 7 da manhã às 11 da noite entre o tempo de trabalho e lazer.

O mais importante para Arbaugh é que, em suas palavras, o implante “permitiu que eu me reconecta-se com o mundo, meus amigos e minha família”.

Ele tem usado o software para interagir com as pessoas nas redes sociais, responder e-mails, ler quadrinhos online e até aprender japonês. Clique aqui para ver uma entrevista completa de Arbaugh.

Looking forward: Neste mês, a Neuralink foi autorizada a implantar seu chip cerebral em um segundo paciente e já está buscando inscrições para outra pessoa com tetraplegia. Algum interessado por aí?

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