MTG Foods: Revertendo dívida de R$ 5 milhões na maior rede de comida japonesa do sul

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MTG Foods: Revertendo dívida de R$ 5 milhões na maior rede de comida japonesa do sul

Redação
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10 outubro 2024Última atualização: 10 outubro 2024
MTG Foods

🧐 Conheça a MTG Foods

A rede MTG Foods é a controladora das marcas Matsuri To Go e Mok the Poke, estabelecimentos culinários focados em take-away (retirada no balcão) e delivery, além do Restaurante Matsuri, modelo com atendimento presencial localizado na cidade de Londrina e com capacidade para quase 200 pessoas.

Além disso, a empresa possui a Cozinha Central, local no qual realiza a produção dos molhos utilizados na preparação dos itens de seus cardápios para serem enviados a suas operações.

Hoje, a companhia marca presença nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

🛣 Como tudo começou

Em 2003, Claudio Koyama e sua esposa Emiko criaram o primeiro restaurante Matsuri em Londrina. Ao longo dos anos, o negócio se tornou a maior referência em gastronomia asiática da região, expandindo para 3 unidades e um modelo de contêiner.

Contudo, no começo de 2020, sinais indicavam que os empreendimentos do casal não estavam indo tão bem financeiramente, o que chamou a atenção de alguns familiares. Entra em ação Raphael, filho do casal e que, à época, estava à frente de sua startup, a Ecofood.

Meus tios me ligaram e disseram que queriam marcar uma reunião presencial na qual meu pai não poderia estar presente,” relembra o empresário. “Eles me disseram: ‘está chegando um negócio chamado COVID-19 e nós achamos que você deveria sair seu negócio para ajudar seus pais.’

Foi diante desse desafio que Raphael decidiu administrar os restaurantes da família.

🔃 Reorganizando a casa

No começo, seu maior desafio foi conciliar várias responsabilidades ao mesmo tempo.

  • Entender a real situação financeira dos restaurantes, já que seus pais não tinham muito envolvimento com a gestão;
  • Negociar dívidas e conversar com advogados;
  • Aprender sobre o funcionamento do restaurante e entender a operação de um setor no qual ele não tinha experiência.

Conciliar tudo isso dentro das 24 horas do dia também foi complicado,” comentou o Raphael. “Além de entender sobre o negócio e pensar em soluções, os restaurantes abriam para o almoço e o jantar, e eu precisava estar presente na operação durante esses horários.”

Por falar em soluções… Para economizar, ele e sua mãe começaram a fazer compras no Ceasa de segunda a sexta para economizar.

Ao mesmo tempo, Raphael começou a analisar o que fazer no futuro, caso tivessem que fechar os restaurantes por conta da pandemia, especialmente por não saber exatamente quanto tempo ela duraria, apesar das especulações.

No início de abril de 2020, ele e seus pais projetaram o fluxo de caixa para o mês seguinte. Eis que chega a primeira virada da chave.

Naquele momento, somando um empréstimo de R$ 250 mil ao que já tinham liquidado para amortizar as dívidas, eles ficariam com apenas R$ 10 mil em conta após 30 dias — esse total era a soma de suas finanças profissionais e pessoais.

Raphael então sugeriu que eles voltassem para Maringá, sua cidade natal, para reduzir ainda mais os custos, mas sua mãe lhe convenceu do contrário com a seguinte frase:

Não podemos virar as costas para os nossos problemas. Não podemos fingir que eles não existem. Desistir não é uma opção.

Eles não desistiram. Para anunciar o fechamento dos restaurantes, eles gravaram um vídeo mostrando como Claudio e Emiko, junto ao colaborador mais antigo do Matsuri, o Anderson, guardando tudo, apagando as luzes e virando a plaquinha de 'aberto' para 'fechado'.

No final, aparecia a frase: “desistir não era uma opção”, e então apresentaram o Matsuri To Go, informando a todos que continuariam os trabalhos com o delivery e que iriam honrar todos os seus compromissos. Clique aqui para assistir.

O resultado: o vídeo viralizou, gerando muitos comentários e visualizações, e dando uma tração inicial importante para o negócio.

Com o fechamento dos restaurantes, a família acumulou quase R$ 5 milhões em dívidas.

🆕 O recomeço dos sonhos

No dia 9 de junho de 2020, na inauguração o Matsuri To Go, entraram 74 pedidos — mais de 1 por minuto — na primeira hora, um volume muito maior do que estavam acostumados, especialmente porque ainda não tinham experiência com delivery.

Naquele momento, nós tínhamos 4 entregadores e, na cozinha, tínhamos a minha mãe, um sushiman, eu, meu pai e um operador de caixa”, relembrou o empresário.

O primeiro mês foi de muitos ajustes. Todos os dias, Raphael e seus pais abriam a loja e identificavam os problemas para melhorar a montagem dos pedidos e ajustar os diversos aspectos da operação.

Ao mesmo tempo, um dos grandes diferenciais do Matsuri To Go foi que, mesmo focando 100% no delivery, a marca tentou incorporar toda a experiência que a família Koyama proporcionava no presencial.

Além de garantir uma comida de excelente qualidade, houve a preocupação da apresentação na embalagem, especialmente porque a comida japonesa tem uma estética apreciada.

Meus pais sempre mencionavam que muitos clientes frequentavam o restaurante também pelo relacionamento que tinham com eles,” disse Raphael. “Por isso, adicionamos mensagens escritas e assinadas por meus pais na tampa das caixinhas de delivery, para tentar manter essa proximidade, mesmo à distância.”

Além disso, muitos clientes gostavam da música que tocava nas unidades, então colocamos um QR Code nas embalagens que levava para uma playlist no Spotify com as músicas que normalmente tocaríamos no restaurante se ele estivesse aberto.

Todo esse esforço foi recompensado. Em seu 1º mês, o Matsuri To Go vendeu R$ 237 mil. Estavam longe de resolver o problema das dívidas, mas pelo menos tinham um modelo para crescer. Corta para o final de 2020, o restaurante já faturava R$ 300 mil por mês.

Expansão dos negócios e criação da MTG Foods

No final de 2021, quando a família Koyama já estava com 4 operações, eles começaram a sentir a necessidade de padronizar o sabor de seu produto.

O motivo: Em um certo dia, Raphael e sua mãe viram que o dosador de molho tinha quebrado e a colaboradora começou a dosar o tempero do gohan (arroz japonês) “no olho”.

O pulo do gato para a comida japonesa, o que dá diferença no sabor, é o tempero do gohan, que é o molho su”, comentou o empresário. “Quando você mistura os dois, se tem o shari, o que o pessoal fala que é o arroz temperado de sushi. O segredo da comida japonesa tá aí.

Logo, quando sua mãe viu aquela cena — o molho su é uma receita sua —, sentiu a necessidade de começar a formatar uma cozinha central para padronizar seus molhos e mandá-los prontos para as unidades.

Entra em cena Maria Fernanda Canizares, ex-sócia de Raphael, que veio com o objetivo de estruturar essa cozinha central. Segundo ele, por conta de sua experiência no setor industrial e sua formação em engenharia química, ela foi fundamental para esse desenvolvimento.

Corta para 2022, eles lançam a marca Mok The Poke, de comida havaiana, uma sugestão da hoje esposa do empresário, Maria Clara Rocha.

“Ela sempre acreditou muito no potencial da culinária poke,” relembra Raphael. “E estava certa, pois o poke é uma tendência em ascensão. Além disso, havia uma grande sinergia entre a operação de um poke e o delivery de comida japonesa”.

Em seu primeiro mês, a marca vendeu cerca de R$ 20 mil. No primeiro semestre deste ano, seu faturamento já está na casa dos R$ 6 milhões.

Foi nesse momento que começaram a pensar como grupo. Eis que nasce a MTG Foods, que detém as marcas Mok The Poke, Matsuri to Go (que posteriormente adicionaria o Restaurante Matsuri), cozinha central e o escritório administrativo que hoje tem 35 pessoas.

  • A operação de delivery em Londrina, por sua vez, tem cerca de 20 funcionários de cozinha e 16 entregadores.

Para Raphael, após superar tantas dificuldades, o grande sonho é virar a maior rede de comida japonesa do país, inspirando as pessoas com a história de sua família.

Atualmente, as operações da MTG Foods recebem mais de 50 mil clientes ao mês. A rede espera faturar R$ 70 milhões até o final de 2024.

🧍‍♀️🧍‍♂️🧍‍♀️🧍‍♂️🧍‍♀️ Quem está por trás desse negócio?

O MTG Foods foi fundado por Claudio Koyama, Emiko Koyama e Raphael Koyama, e tem Maria Clara Rocha e Maria Fernanda Canizares como sócias. Ao clicar, você vai para o Instagram deles.

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