Experimentaí: Ressignificando a experimentação de produtos

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Experimentaí: Ressignificando a experimentação de produtos

Redação
Redação
16 maio 2024Última atualização: 16 maio 2024

🧐 Conheça a Experimentaí

A Experimentaí é uma plataforma de marketing de experimentação digital em escala que ajuda empresas a terem insights sobre produtos em lançamento e penetração & participação de mercado.

Pessoas que tiverem o interesse em avaliar e/ou descobrir novos produtos se cadastram de forma gratuita nessa plataforma e, em troca, autorizam o uso de seus dados demográficos e hábitos de consumo.

A Experimentaí, por sua vez, entende junto ao cliente qual é público-alvo e, assim, consegue enviar o “match” perfeito para os experimentadores.

O modelo de negócios da startup é focado no B2B, cobrando da empresa cliente um valor por consumidor impactado.

🛣 Como começou a trajetória empreendedora

A história não é nada linear e não começou exatamente na experimentação…

O início de tudo foi uma paixão que dois dos fundadores, Lars Kunath e Francisco Prado, tinham pelo audiovisual — eles se conhecem desde muito jovens e, inclusive, estudaram no mesmo colégio.

Os dois realizaram alguns cursos de cinema para entender um pouco melhor sobre esse mercado e, em 2018, montaram uma pequena produtora de vídeos, a Light Films.

Era 100% hobby”, disse Kunath. “Nós começamos fazendo curta-metragens, mas, a partir disso, percebemos que poderíamos fazer alguns vídeos comerciais para mais conhecidos”.

O foco da iniciativa ainda era diversão, mas eles já viam que poderiam ajudar mais pessoas a fazer publicidade, sobretudo em uma época na qual os vídeos começaram a ser muito importantes nas redes sociais.

  • À época, começou-se a aumentar a demanda por vídeos institucionais para as marcas.

A dupla chegou a realizar alguns projetos e usar o capital conquistado para adquirir novos equipamentos.

O mais importante, entretanto, foi que eles começaram a analisar como transformar esse hobby em empreendimento.

Eles perceberam — especialmente com pessoas mais velhas — que havia uma dificuldade não só em editar vídeo, mas em encontrar bons editores.

Nesse momento, tivemos a ideia de criar um marketplace que conectaria editores de vídeo com quem estivesse precisando de edição”, comentou o fundador.

Ao longo do tempo, Kunath e Prado foram amadurecendo essa ideia, mas foi durante a pandemia que isso começou ter uma seriedade um pouco maior:

  • Estruturação de um plano de negócios;
  • Desenvolvimento de um protótipo funcional (MVP).

Maaass… Pela falta de experiência com empreendedorismo, eles cometeram vários erros, sendo um deles o fato de não terem testado junto ao mercado para validar se aquela dor realmente existia.

Mesmo assim, os dois conseguiram um investimento-anjo com familiares para desenvolver uma plataforma que seria, nas palavras do fundador, “um Uber da edição de vídeo”.

Infelizmente, o projeto não foi para frente por uma série de decisões, mas ambos sabiam que algo dessa primeira experiência empreendedora ainda poderia ser aproveitada no futuro.

📝 A primeira grande mudança e novos aprendizados

Mesmo optando por cursar a universidade em lugares diferentes — Lars em São Paulo e Francisco em Boston — eles continuaram trabalhando e passaram a enxergar com mais clareza os erros que haviam cometido.

Os dois perceberam que a necessidade desse tipo de serviço não era tão grande pensando na “pessoa física” e que, para fazer isso acontecer nesse modelo, eles teriam que investir muito em marketing para construir uma base de usuários.

Eis que, ainda em 2020, eles passaram a atender empresas (B2B), que possuem essa demanda por edições de vídeo com maior frequência e aceitam pagar um ticket maior. Assim nascia a Edink.

Além dos primeiros clientes, eles passaram a produzir os vídeos dos novos estudantes da faculdade de Lars, a Link — o processo seletivo dela exige que os alunos gravem um vídeo de apresentação.

Esses foram os meses que nós tínhamos mais faturamento,” diz Kunath. “Nós conseguíamos fechar com todos que iriam prestar vestibular e poder ajudá-los dessa forma”.

💰 Nova oportunidade receita. Além de conectar as empresas com os editores, os dois perceberam que poderiam fazer essa conexão também com produtores de vídeo.

Nesse período, a dupla adicionaria seu terceiro sócio, Cauã Gonzatto, que já tinha uma produtora de vídeos, e começou a ter sucesso, chegando a faturar entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por mês também.

🤔 Mas havia um desafio. Cada projeto era muito específico, desde a utilização de efeitos especiais até vídeos mais institucionais com drones para agentes imobiliários.

Isso sem contar que o alinhamento de expectativas era um processo complicado, sobretudo do lado da empresa — e quem levava a culpa eram eles, os intermediadores.

Foi aí que, após um conselho de sua mentora Deborah Folloni, eles perceberam que esse segmento era um tanto quanto limitado e com poucas oportunidades para que eles pudessem escalar o negócio.

💡 Nova pivotagem e o surgimento da Experimentaí

Com a ajuda de Folloni, os três tomaram a decisão de mudar novamente, agora, focando em conectar as marcas com criadores de conteúdos em vez de editores de vídeo e produtores de vídeo.

Pouco tempo após a mudança, a empresa fechou um projeto com a Cimed: o lançamento de um moletom do Cruzeiro Esporte Clube.

O projeto envolveu vários microinfluenciadores,” comentou o Kunath. “Também envolveu torcedores do time. Foi um projeto super legal”.

Maaaaas… Novamente, eles perceberam que iriam demorar muito para se diferenciar, muito por conta da quantidade de agências de marketing mais consolidadas que fazem esse tipo de meio-campo.

Com o objetivo de manter o time junto, mas na dúvida sobre a atividade da empresa, eles começaram a buscar para onde a empresa caminharia.

Eis que Folloni aconselhou que os três começassem a olhar para o mercado de experimentação (sampling).

Quando ela veio com essa sugestão, o time todo tomou um susto”, diz o fundador. “Nós não fazíamos a menor ideia do que era esse mundo”.

Só que Folloni, por trabalhar dentro desse segmento nos Estados Unidos, percebeu que havia uma oportunidade de negócio no Brasil.

Após quase 2 meses de estudo, eles não só perceberam o quão grande era esse mercado, mas principalmente que havia poucas empresas fazendo algo similar ao serviço prestado nos EUA.

Kunath explica que uma propaganda na TV geralmente ativa 2 dos 5 sentidos: a audição e a visão. Os outros 3, por sua vez, não estão sendo explorados nessa experiência. Daí a importância do teste presencial.

Pensando em um funil de vendas, a experimentação se encaixa entre a etapa de consideração de compra e a conversão. Nas palavras do fundador, “é quase um gatilho que acelera a compra”.

Os três identificaram os seguintes problemas com o processo de sampling praticado no Brasil:

  • Muitas vezes, a pessoa que vai experimentar o produto não faz parte do público-alvo da marca;
  • Existe uma dificuldade de trabalhar com dados para que as empresas possam entender quem provou seu produto;
  • Geralmente, quem prova o produto está fora do contexto ideal de experimentação.

Eis que, em novembro de 2023, nasce a Experimentaí, focada em auxiliar qualquer produto que precise uma experiência sensorial diferenciada.

A startup possui uma base de pessoas que querem realmente conhecer novos produtos e que deixam seus dados para que a Experimentaí envie amostras que se encaixem com seu estilo de consumo.

Conosco, a pessoa experimenta o produto no contexto ideal”, diz o empresário. “Ela vai poder encaixar aquele produto no momento ideal do dia dela para ter um primeiro contato super positivo com a marca”.

A partir da experimentação, o consumidor responde uma série de perguntas sobre o produto e a Experimentaí passa esses insights e feedbacks para as marcas.

A startup também possibilita que as pessoas que experimentaram certo produto sejam direcionadas para o e-commerce das marcas, já pensando em uma eventual compra.

Pouco tempo depois, prospectando clientes dentro de sua base para validar o novo modelo de negócios, eles fecharam um projeto com a Mais Pura.

A ideia era distribuir amostras um novo produto que a empresa estava desenvolvendo.

Nós fizemos toda essa distribuição de carro mesmo”, relembra Kunath. “Mas, muito além desse primeiro contrato, foi a confiança que a Mais Pura depositou na nossa empresa”.

▶️ O atual momento da Experimentaí

Após trabalhar com a Mais Pura, a empresa entrou em uma busca por validação de logística e modelo.

Com projetos maiores, é muito mais difícil você conseguir enviar amostras na casa de 1 mil a 10 mil pessoas sem que a logística tenha um valor muito elevado”, comentou o fundador. “Isso poderia fazer que a gente perdesse para alternativas mais consolidadas como Rappi e Shopper”.

Nessa procura, eles fecharam com mais duas empresas que buscavam coletar feedbacks sobre produtos que estavam sendo desenvolvidos.

A Experimentaí voltou a conseguir boas informações com sua base de experimentadores — desde intenção de compra até sugestões de alterações na fórmula —, comprovando que estavam no caminho certo.

Nós já falamos com diversas marcas e fomos a diversas feiras,” disse Kunath. “Nesse período, conseguimos fechar o nosso maior case com uma empresa de cosméticos”.

Detalhe sobre o case: eles fecharam uma distribuição de 20.000 amostras, o que representa um salto significativo de crescimento perante aos últimos projetos.

Com isso, o foco deste ano passou a ser prospectar novos clientes. Consequentemente, o time cresceu hoje e já conta com 7 pessoas. Com apenas 6 meses de operação, a Experimentaí já acumula um faturamento superior a R$ 100 mil.

Hoje, a startup tem 15 mil consumidores cadastrados em sua plataforma e estima finalizar o ano com mais de 100 mil experimentadores.

🧍‍♂️ Quem está por trás desse negócio?

A Experimentaí foi fundada por Lars Kunath, Francisco Prado e Cauã Gonzatto. Ao clicar, você vai para o LinkedIn deles.

Redação

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