🧐 Conheça a Creamy

A Creamy é uma marca focada em dermocosméticos, cofundada por um dermatologista, o Dr. Luiz Carlos Romancini Filho.

A empresa sempre operou no modelo direct-to-consumer, tendo um papel muito importante em educar as pessoas sobre a maneira correta e mais eficaz de utilizar os produtos.

🛣 Como tudo começou

O início dessa trajetória se deu quando o Dr. Romancini Filho apresentou o ativo ácido glicólico ao Gabriel Beleze — que, em suas palavras, “mudaram minha autoestima”.

Explicando: O empresário, fundador e CEO da Skelt Cosmetics, tinha problemas com os poros de sua pele e com cicatrizes de acne.

O resultado da recomendação do doutor também reascendeu um desejo de Beleze: entrar na categoria de skincare, na qual ele sempre se interessou e sempre testou muitos produtos.

• Além disso, a categoria mostrava sinais de crescimento — em 2024, a receita global deve ultrapassar os US$ 186 bilhões.

Por sua vez, o Dr. Romancini Filho tinha consciência da existência de muitos ingredientes e combinações excelentes, porém que não eram facilmente encontrados no mercado.

Logo, em 2016, os dois começaram a desenhar a criação de uma marca que tivesse produtos com altas concentrações de ativos dermocosméticos, mas que fossem acessíveis para todos.

Na época — e até atualmente —, pessoas saiam do dermatologista e acabavam gastando em torno de R$ 900 na farmácia por três, quatro produtos.

Para o Dr. Romancini Filho, esses altos valores impediam que muitos de seus pacientes não conseguissem continuar seus respectivos tratamentos.

“Desde o começo da marca foi muito importante trazer acessibilidade para esses ativos,” comenta Gabriel Beleze, cofundador e CEO da Creamy.

Eis que, em novembro de 2019, a Creamy chegava ao mercado com seu ácido mandélico com alfa-arbutin (gel clareador antiacne) e um ácido glicólico 10% com niacinamida (creme retexturizador).

O investimento inicial foi de R$ 5 milhões.

Um ponto de distinção dos produtos da empresa são suas embalagens quadradas e coloridas, fugindo bastante do padrão da indústria, que tende a usar cores mais neutras e sérias.

Além disso, as cores facilitam a vida do consumidor na hora de procurar cada item da Creamy.

“O ácido mandélico com alfa-arbutin foi o primeiro produto da Creamy e o responsável por fazer a marca viralizar,” comenta Beleze. “E até hoje ele é chamado de rosinha, por conta de sua embalagem rosa.”

A fase inicial da operação

Com apenas dois meses de existência, a marca viralizou. Segundo Beleze, as pessoas compravam o produto e observavam uma melhora muito rápida, especialmente nas manchas e na acne, e passaram a postar esses resultados em grupos de Facebook.

Além do resultado orgânico, a Creamy também utilizou influenciadores como estratégia de conscientização de marca — o tal awareness.

• No entanto, o foco era pessoas que entendiam sobre os ingredientes presentes nos produtos.

Cresce y cresce. Assim como muitos empreendimentos do digital, a empresa foi beneficiada pela pandemia — sua operação era 100% online.

By the numbers: quatro meses após o lançamento, havia uma fila de espera de 100 mil pessoas interessadas.

Maaaasss... Nem tudo são flores. A Creamy teve muito problema de estoque durante seu primeiro ano de operação.

“As pessoas achavam que a gente estava fazendo isso propositalmente,” diz Beleze. “Elas achavam que isso era uma tática de marketing de escassez.”

O problema era que o ácido mandélico não era utilizado por praticamente nenhuma marca no Brasil. Por isso, era trazido em pequenas quantidades pelos importadores.

• Quando a demanda subiu, veio a confusão ligada à COVID-19. Consequentemente, os problemas de supply.

Ainda assim, o saldo de 2020 foi super positivo e, nas palavras o empresário, “o desempenho da Creamy superou o que nós tínhamos imaginado em mais de 1000%.”

🚀 Escalando o negócio e entrada no varejo

Em 2021, a empresa não sofreu tanto com a cadeia de suprimentos e conseguiu estruturar melhor a parte de pessoas.

Com isso, a Creamy lançou mais produtos ao longo do ano, entrando, inclusive, na categoria de hidratação — a companhia fechou o ano com 5-7 produtos no portfólio.

E aí que entra a importância do marketing de influência. Segundo Beleze, ele foi essencial na educação do consumidor, respondendo perguntas como:

• “Em qual etapa da rotina o produto é utilizado?”
• “Com qual outro produto ele pode ser utilizado?”
• “O produto deve ser usado só pela manhã ou apenas pela noite?”

Ainda assim, o empresário destaca que, por mais que a empresa fizesse muitas ações pagas, diversos influenciares gostavam genuinamente da Creamy e iam além do que estava estipulado em seus contratos.

No mesmo ano, a empresa expandiu seu canal de vendas, anunciando pontos físicos próprios e uma parceria com as lojas da Drogaria Iguatemi.

“Nós entendemos que nosso consumidor está muito presente na farmácia,” comenta Beleze. “[E também entendemos] que era importante ter nosso produto junto ao das grandes empresas de skincare”.

Já no ano seguinte, os produtos da empresa estavam em cerca de 100 unidades da rede Droga Raia, localizadas nos estados de São Paulo e Paraná.

Fast-forward para 2023, a marca completou “a rotina completa de skincare”: tratamento, hidratação e, agora, o lançamento do protetor solar.

Segundo o empresário, esse foi um dos — senão o — produtos mais requisitado pelos nossos consumidores da Creamy.

Com um portfólio mais robusto e uma força de marca cada vez maior, a empresa teve um crescimento de 87% no faturamento no primeiro semestre do ano em comparação ao mesmo período de 2022.

Ao final de 2023, a Creamy já possuía 16 quiosques em shoppings espalhados por RS, PR, SP e MG, e estava em cerca de 1,5 mil farmácias da rede Droga Raia pelo país.

Enxergando a concorrência e o futuro da Creamy

Se por um lado a demanda por produtos de skincare se mantêm elevada, por outro a competição também é acirrada, seja pelas grandes marcas ou por menores que até tenham se espelhado na Creamy.

No entanto, Beleze acredita que a empresa nasceu no momento certo, conseguindo não só introduzir produtos inovadores como ganhar tração usando influenciadores antes do boom do marketing de influência.

“Quando se fala de tratamento e dermocosméticos, a Creamy é muito top-of-mind,” diz o empresário. “Nós ficamos felizes porque isso foi um trabalho árduo de construção de marca ao longo dos últimos anos”.

E esse trabalho certamente ficará mais intenso, pois a empresa recentemente decidiu ir além dos produtos de pele e lançar o leave-in Peptide Repair Hair Treatment, de cuidados para cabelo.

Explicando: O leave-in ajuda pessoas que tiveram seu cabelo danificado por conta de coloração e é aplicado após o uso do xampu e do condicionador.

Falando em xampu e condicionador… Beleze disse que, por ora, a Creamy não irá lançar nenhum desses produtos.

Looking forward: Hoje, a marca tem 21 itens em seu portfólio e está presente em quase 3 mil pontos de venda — isso sem falar das 17 lojas próprias.

A Creamy, inclusive, já chegou à marca de 3 milhões de produtos vendidos.

Para este ano, um dos objetivos da empresa é se organizar internamente, especialmente por conta do varejo físico e de lançar novos produtos em novas categorias.

A estratégia ainda seguirá usando muito o Instagram para a comunicação com as pessoas, mas Beleze enaltece o TikTok pelo seu potencial de viralização.

Por último, vale mencionar que a Creamy possui uma pequena operação nos Estados Unidos desde 2021, mas, por ora, não pretende escalá-la.

👫 Quem está por trás desse negócio?

A Creamy foi fundada por Gabriel Beleze, Henrique Beleze e o Dr. Luiz Carlos Romancini Filho. Ao clicar, você vai para o LinkedIn deles.