Veio para ficar mesmo. Não tem jeito, desde que chegou por aqui em 2020, a Shein tem conquistado cada vez mais os corações e, especialmente, o bolso dos brasileiros.

Um dos reflexos da crescente popularidade é o domínio digital que a gigante de moda chinesa tem no Brasil.

• São 25,8 milhões de visitas mensais, uma diferença de mais de 65% no volume de acessos em relação à Renner, segunda colocada.

A Shein possui 16% do market share de audiência digital de moda no país, a única com uma participação superior a 10%.

Quando o assunto é acessos no app, a supremacia da Shein fica ainda mais evidente.

São quase 22 milhões de usuários contra apenas 4,5 milhões da Renner, presente novamente na segunda colocação. Loucura. 😱

Falando de faturamento, todo o poder digital da Shein ainda — ainda — não conseguiu bater a tradição e história da Renner.

Em 2023, foram R$ 11,7 bilhões arrecadados pela brasileira vs R$ 10 bilhões do e-commerce chinês;

“Ainda". Isso porque a Shein teve um crescimento de 43% na comparação ano a ano, o maior entre todos os nomes presentes no TOP-10.

Entre os múltiplos fatores que contribuíram para esses resultados estão:

• Rapidez de lançamento: são mais de 2 mil itens lançados diariamente com a ajuda de AI (sempre ela, risos);
• Popularidade nas redes sociais, sobretudo entre os mais jovens;
• Preços baixos.

Caso o governo aumente os impostos sobre produtos importados, a competição pode ficar ainda mais acirrada.

No resto do mundo… 🌎

Outra gringa conhecida pelos brasileiros conseguiu se manter firme contra a forte investida da Shein e outros nomes do ultra fast-fashion: a Zara.

Segundo especialistas, a empresa espanhola fez algo que parecia impossível: vender roupas de maior qualidade a preços mais elevados e investir no varejo físico, onde a Shein têm presença mínima.

A Zara, inclusive, abriu uma loja de quase 9.000 m² na Holanda que possui um layout muito mais envolvente no visual da marca.

Além disso, a companhia fez o mesmo que as marcas de luxo e recrutou profissionais renomados da indústria, como o fotógrafo Steven Meisel e o estilista Karl Templer, para suas campanhas de marketing.

• O resultado foi uma interface de cliente sofisticada que contrasta fortemente com a loja online caótica e repleta de gráficos da concorrente chinesa.

Repare que a Zara já percebeu que está "sob ameaça” da Shein e de marcas nativas do digital e está traçando uma estratégia para se diferenciar delas no que pode. Em grego, strateegia. risos.

By the numbers: A Zara cresceu mais de 10% no ano passado e alcançou um faturamento recorde de 35,9 bilhões de euros.