Que a geração Z não gosta de seguir muitas das tendências das gerações anteriores, você já sabe... Bom, com o consumo de bebidas alcoólicas isso também não é diferente.

By the numbers: As pessoas nascidas entre 1997 e 2012 bebem, por pessoa, cerca de 20% a menos do que os millennials — nascidos entre 1981 e 1996.

A indústria já está de olho 👀

Se olhamos para o setor cervejeiro, as versões sem álcool ainda não representam muito das receitas globais da bebida — pouco mais de 5%.

No entanto, esse número vem apresentando um crescimento de dois dígitos em quatro dos últimos cinco anos, com 2020 sendo a única exceção.

A AB InBev, por exemplo, teve uma queda de US$ 1,5 bilhão nas vendas na América do Norte em 2023.

Maaaaass… Seu portfólio de cervejas sem álcool — que inclui Budweiser Zero, O’Doul’s, Busch NA, Stella Artois 0.0 — experimentou um crescimento superior a 10% no mesmo período.

Muitas dessas marcas estão ganhando cada vez mais visibilidade ao estar presentes em grandes eventos esportivos.

🇨🇦⚾️ No Canadá, a Budweiser Zero é figura carimbada na sétima entrada de todos os jogos de beisebol no país.

🌎🥇 Já a Corona Cero fechou uma parceria com o Comitê Olímpico Internacional até 2028.

Ainda assim, a companhia informou recentemente que não vai conseguir atingir a sua meta para 2025: ter 20% do volume total de cerveja da empresa sendo cervejas sem ou com baixo teor de álcool.

Por falar em volume…

É bom a AB InBev ficar ligeira no segmento, especialmente nos EUA, por conta de uma novata chamada Athletic Brewing.

Em novembro de 2023, a jovem marca — fundada em 2017 — estava a menos de US$ 4 milhões para superar a Bud Zero e se tornar a segunda cerveja sem álcool que mais vendeu no ano na terra do Tio Sam.

• Para não te deixar na curiosidade, quem ocupa a primeira colocação é a Heineken.

A Athletic Brewing, inclusive, cresceu 13.000% (sim, você leu certo) nos últimos 3 anos, conseguindo um cheque de US$ 50 milhões da Keurig Dr Pepper e fechando até uma parceria com a Netflix. Veja:

Como construir uma base de clientes fiéis, sendo que 80% deles bebem álcool, mas ainda assim optam por pagar quase US$ 15 por um pack de 6 cervejas sem álcool? O estagiário adorou esse estudo de caso.

Do outro lado do globo, a Asahi, maior cervejeira do Jãpão, disse que os produtos sem álcool — ou com baixos índices — serão responsáveis por 50% das vendas da empresa em 2040.

Enquanto isso, no Brasil… 🇧🇷

A rainha é holandesa. A Heineken 0.0 foi a cerveja sem álcool mais vendida no país no ano passado, sendo a escolha preferida entre os consumidores de 26 a 35 anos e os acima de 56 anos.

Isso porque esse número ainda deve aumentar. A empresa anunciou um investimento de R$ 80 milhões para incrementar a produção da 0.0 — falamos mais sobre isso aqui.

Ao todo, aproximadamente 9,2% dos lares no país consumiram cervejas sem álcool no ano passado, um crescimento de 18% em comparação a 2022.

By the numbers: As vendas nesse segmento adicionaram R$ 2 bilhões às receitas da indústria cervejeira nacional.