
Como o Waze chamou a atenção do Google
INFOGRÁFICO
Como o Waze chamou a atenção do Google


(Imagem: Brett Jordan | Unsplash)
Entre os muitos avanços tecnológicos que ocorreram neste milênio, talvez um dos que mais tenha impactado a vida das pessoas seja a evolução dos sistemas de navegação.
- Do mapa físico — tão grande quanto o para-brisa de um carro — ao GPS mais tijolão, aos aplicativos que todos amam. 🗺️
A verdade é que, hoje, o medo de dirigir e se perder é cada vez menor por conta do fácil acesso a mapas e sistemas de navegação.
🇨🇳 Na China, por exemplo, os dois principais aplicativos, Gaode e Baidu, tinham, juntos, quase 1,2 bilhão de usuários ativos mensais em fevereiro deste ano.

Fora do país asiático, dois nomes possuem uma ampla presença global: o Google Maps e a isrealense Moovit, ambas com mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais.
No entanto, uma das grandes responsáveis por esse aprimoramento nos sistemas de navegação é outra empresa nascida em Israel: o Waze.
Do poder da comunidade à venda para o Google
Começando do começo. Em 2006, um dos co-fundadores, Ehud Shabtai, fundou um projeto comunitário — e de código aberto — conhecido como FreeMap Israel.
🎯 O objetivo: Criar, com a assistência de usuários voluntários do país, um banco de dados de mapeamento digital de Israel compilado na língua hebraica que teria:
- Conteúdo;
- Atualizações;
- Distribuição.
🆓 O melhor de tudo: seria grátis.
À época, as empresas que tinham as maiores bases de dados para mapas cobravam muito para licenciá-los ou vendê-los.
Para isso, os voluntários teriam que dirigir pelas ruas de Israel e deixar que o Waze rastreasse seus movimentos por meio de um chip de GPS instalado em seus celulares.
Logo, teriam que conectar o celular ao computador e “identificar manualmente as ruas, preenchendo dezenas de pontos de metadados” dentro do mapa em branco no app. Abaixo, um vídeo bem legal que encontramos sobre a lógica da coisa:
As coisas começaram a decolar e, em 2008, junto a Amir Shina e Uri Levine, ele decidiu transformá-la em uma empresa, agora com o nome de Waze. No mesmo ano, levantaram US$ 67 milhões.
🤔 O “problema”. Para gerar esse tipo de dados em escala, a empresa precisaria de milhares de voluntários.
Eis que entra o combo gamificação + regra do 1%.
As coisas começaram a decolar e, em 2008, junto a Amir Shina e Uri Levine, ele decidiu transformá-la em uma empresa, agora com o nome de Waze. No mesmo ano, levantaram US$ 67 milhões.
🤔 O “problema”. Para gerar esse tipo de dados em escala, a empresa precisaria de milhares de voluntários.
Eis que entra o combo gamificação + regra do 1%.
Nessa regra, 1% dos usuários são considerados criadores ativos, 9% contribuem ocasionalmente com engajamento e 90% estão presentes, mas raramente colaboram.
No caso do Waze, como já existia uma motivação para esse 1%, a empresa “criou uma camada de gamificação para incentivar os 9%”.
- Com isso, ganhavam-se pontos que poderiam ser usados em bens virtuais em troca de sua contribuição.
E assim criou-se o molho secreto do Waze, uma comunidade de pessoas “trabalhando” pelo mesmo objetivo.
Maaass… Muito além do poder da comunidade, um dos maiores impulsionadores do Waze foi o CEO da Apple Tim Cook… Ou melhor, uma frase dita por ele.
Em 2012, a empresa da maçã lançou seu app de mapas e, logicamente, substituiu o Google como opção de navegação padrão no iPhone.
- O problema foi que as versões lançadas estavam inacabadas, apresentando vários problemas e, consequentemente, gerando várias críticas.
O que Cook fez? Se desculpou e disse a seguinte frase:
“Enquanto melhoramos o Maps, você pode tentar alternativas baixando aplicativos de mapas da App Store, como Bing, MapQuest e Waze, ou usar os mapas do Google, ou Nokia…”
Segundo o ex-CEO do Waze, Noam Bardin, esse foi o momento de revelação da empresa. A partir daí, as coisas começaram a acelerar.
Detalhe: Ao que parece, esse dia é celebrado todos os anos dentro da empresa como “Tim Cook Day”.
Fast-forward para junho de 2013, o Google anuncia a compra do Waze por cerca de US$ 1,3 bilhão — vencendo a competição de Facebook e Apple.

Hoje, usuários ainda podem entrar no “Editor de Mapas” do Waze e sugerir ajustes. Existe até uma enciclopédia, a Wazeopedia, que detalha as “regras” dessa comunidade.
A pergunta que não cala: Será que a voz clássica do Waze veio de um prêmio para algum usuário?

Redação
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