
Como a Red Bull construiu sua presença através do marketing
INFOGRÁFICO
Como a Red Bull construiu sua presença através do marketing


(Imagem: Jesper Brouwers | Unsplash)
“Red Bull te da aaaaaaasas”. Enquanto marcas sonham em encontrar algo que gere identificação com seu público, o memorável slogan da Red Bull faz parte de uma série de ações que tornaram a empresa uma “gênia” do marketing.
Ao longo de seus 40 anos de história, a Red Bull foi de simples fabricante de bebidas energéticas para uma das marcas mais reconhecidas do planeta, tendo seu nome como sinônimo de esportes, desempenho extremo e vitória.
Só em 2023, a gigante austríaca vendeu 12,1 bilhões de latas entre os 172 países nos quais marca presença e faturou mais de US$ 11 bilhões — a Monster, sua maior concorrente, fechou com pouco mais de US$ 7 bi.

As origens da marca
Em 1976, o bilionário tailandês Chaleo Yoovidhya introduziu ao mercado a bebida Krating Daeng, tradução para “gauro vermelho” — uma espécie conhecida como bisão indiano —, cujo principal ingrediente era a taurina.
Alguns anos depois, durante uma viagem de negócios, o austríaco Dietrich Mateschitz descobriu que, ao tomar a bebida, conseguia superar rapidamente os efeitos causados fuso horário.
- Só que, o que mais o impressionou foi o número de pessoas que consumiam o produto no país.
Com isso, decidiu abordar os donos da empresa com o intuito de trazer a bebida para a Europa. Eis que, em 1984, os dois fundaram a Red Bull GmbH com um investimento combinado de US$ 1 milhão.
O acordo concedia 49% da empresa para cada um dos fundadores e os restantes 2% para o filho de Chaleo. Mateschitz, por sua vez, encabeçaria a operação.
Em 1987, o Red Bull Energy Drink era oficialmente lançado na Áustria — segundo a empresa, esse foi o momento que a categoria de energéticos foi criada. Ainda assim, o produto não gerou tração logo no início por uma série de motivos:
- Sabor atípico para o paladar europeu;
- Empresas do segmento de bebidas achavam a empreitada arriscada e se recusavam a fechar parcerias;
- Autoridades do país consideravam o produto perigoso para saúde.
No entanto, o Red Bull tornou-se muito popular nas discotecas austríacas... Popularidade que se espalhou pelos países vizinhos, com consumidores fazendo o possível — até mesmo de forma ilegal — para poder consumir essa bebida tão revolucionária.
E onde tem público, tem dinheiro. Em 1994, após uma expansão para países da Europa do Leste e Central, a Red Bull chegava à Alemanha e ao Reino Unido e, em 1997, entrou no mercado norte-americano.
Ressignificando a combinação marketing + esportes
Desde antes do nascimento das redes sociais, esportistas de alto calibre sempre conseguiram estabelecer sua base de fãs e, direta ou indiretamente, lucrar a partir dela — sobretudo em esportes clássicos.
A Red Bull, no entanto, percebeu que as modalidades menos tradicionais não só possuíam audiências grandes e fiéis, como seus representantes poderiam se tornar uma vitrine global para a marca.
Desde então, suas atividades internacionais são focadas primordialmente em atividades como: motocross, surfe, skate, alto de penhascos (cliff jumping), Fórmula 1 e até break dancing e parkour.
Por falar em Fórmula 1… Esse talvez seja um dos esportes no qual a empresa tenha, mesmo que de forma implícita, sua maior conexão.
- O piloto austríaco Gerhard Berger foi o primeiro atleta na história a ser patrocinado pela Red Bull.
São 20 anos investindo no esporte, desde a compra e remodelação da pista na qual se corre o Grande Prêmio da Áustria até duas equipes que levam seu logo: Red Bull Racing e Visa Cash App RB.
Dentro do mundo dos esportes mais convencionais, a empresa é dona de 4 equipes de futebol ao redor do mundo.
Ao todo, são pelo menos 15 esportes — incluindo eSports — nos quais a marca investe, seja como dona ou patrocinadora de atletas. Confira a lista dos brasileiros.
E não para por aí… Além da radicalidade dos esportes com os quais é associada, a Red Bull também ousa nos eventos que escolhe participar.
O maior exemplo veio em 2012, quando a empresa “bancou” o paraquedista austríaco Felix Baumgartner, que simplesmente saltou de aproximadamente 39.000 metros partindo da estratosfera. Veja o vídeo:
Em 2020, estima-se que a empresa tenha gasto cerca de 30% de seu faturamento em marketing.
A jornada de 4 décadas da empresa é uma história poderosa de aprender a trabalhar contra o vento e desafiar a lógica de negócios decisões que não teriam funcionado em outras empresas.
Dietrich Mateschitz pode até ter nos deixado em 2022, mas o legado que ele construiu é quase que irreplicável dentro do seu segmento e também de outros.
Muito além da qualidade do produto, a Red Bull se tornou praticamente um “estilo de vida” e entendeu a importância de estar, quase que literalmente, em todos os lugares.

Redação
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