Como a LEGO foi das dívidas aos bilhões em faturamento

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Como a LEGO foi das dívidas aos bilhões em faturamento

Redação
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27 junho 2024Última atualização: 27 junho 2024
LEGO

(Imagem: Xavi Cabrera-| Unsplash)

Quem nunca brincou de LEGO ou pisou em algum dos milhões de “tijolinhos”, que atire a primeira pedra — ou a primeira peça.

Brincadeiras à parte, a icônica marca dinamarquesa trouxe e segue trazendo felicidade para milhares de pessoas, desde crianças até adultos — o Ed Sheeran já levou seu LEGO até para um date.

Segundo a National Geographic, a população de bonequinhos da companhia é a maior do planeta, com mais de 4 bilhõesClique aqui e confira outras curiosidades da marca.

Desde 2004, o faturamento da LEGO cresceu quase todos os anos, com 2017 sendo a única exceção. No ano passado, a cifra foi de quase € 9 bilhões.

Ainda assim, por mais que, hoje, a empresa esteja estruturada, sua história foi “montada” da mesma maneira que seus brinquedos, tijolo por tijolo, com diversos percalços no caminho ao longo das décadas.

Um começo marcado por altos e baixos

Assim como muitos empreendimentos, o fundador da LEGO, Ole Kirk Kristiansen, juntou talento (carpintaria) e necessidade (recém-viúvo, 4 filhos para cuidar e uma carpintaria falida) para iniciar a empresa em 1932.

LEGO é abreviação de duas palavras dinamarquesa, “leg godt”, que significam “jogue bem”.

Apesar disso, teve a sorte de que (i) ainda havia muito estoque de madeira e (ii) teve em seu filho, Godtfred, seu primeiro e bom vendedor.

  • Foram anos vendendo seus brinquedos de madeira de porta em porta, realizando promoções, fazendo de tudo para minimizar um eventual prejuízo.

Dez anos se passaram e, quando a empresa finalmente gerando lucro para a família, a fábrica da LEGO pegou fogo… Mas Kristiansen não desistiu.

Em 1946, durante a Segunda Guerra Mundial, ele comprou sua primeira máquina para confeccionar os brinquedos em plástico, mas sem abandonar o modelo tradicional em madeira.

Eis que, em 1949, surgem os “tijolos de encaixe automático”, pequenos blocos de montar que, 4 anos depois, se tornaram os “tijolos LEGO” que todos conhecemos.

(Imagem: LEGO Group)

Com isso, a empresa passou a adotar o system as a play, sistema em que crianças poderiam juntar as peças e criar uma infinidade de possibilidades.

Para se ter uma ideia, com apenas 6 tijolos 2x4, existem 915.103.765 combinações únicas.

Tragédia, dívidas e reconstrução

Em 1960, um novo incêndio interrompeu o sucesso da empresa, destruindo todo seu estoque de brinquedos de madeira.

Godtfred então decidiu que os tijolos e os conjuntos do system as a play seriam o melhor caminho a seguir, sobretudo após ver uma queda no mercado de brinquedos de madeira. Abaixo o resultado da decisão:

Maaaasss… Nem tudo são flores. A empresa realizou investimentos milionários para diversificação de produtos, como roupas, joias para meninas e parques temáticos.

O resultado: A LEGO acumulou dívidas que, em 2003, chegaram a mais de US$ 800 milhões, deixando a empresa à beira da falência.

Para solucionar isso, a empresa deu as boas-vindas ao novo CEO Jørgen Vig Knudstorp em 2004 — que permaneceu no cargo até 2016 e hoje é chairman do Grupo LEGO.

Segundo ele, o grande problema foi que a empresa afastou daquilo que é praticamente sua essência: os tijolos. Logo, várias mudanças foram implementadas, dentre elas:

  • Venda dos parques LEGOLAND;
  • Redução na variedade de tijolos — de 13.000 para 6.500 — visando maior qualidade.

A LEGO também se diversificou dentro do entretenimento, desde parcerias com franquias como Harry Potter e Star Wars para produtos como a entrada no mundo dos cinemas.

No entanto, a reconexão com o público-alvo talvez tenha sido o principal ponto nessa reconstrução da marca, reintegrando criatividade e diversão, valores que a distinguiram ao longo da história.

Takeaway: Apesar das dificuldades, focar e pensar em seus clientes foi essencial para que a marca continuasse sendo relevante e bem-sucedida quase um século depois.

Redação

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