Enquanto “Wonka” conta com +US$ 600 milhões em bilheteria com o filme sobre os primórdios de um chocolateiro da ficção…

… Na vida real, Alexandre Costa e sua Cacau Show são nomes cada vez mais fortes no setor de chocolates.

Pra se ter uma ideia, a empresa lidera o ranking das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil por Operação, com 4.216 unidades.

Eles ainda terminaram 2023 com estimados R$ 5,3 bilhões de faturamento, o que representa um aumento de 32,5% em relação ao ano anterior.

Recentemente, Alê Costa deu mais um indício de que realmente está “construindo” sua própria Fantástica Fábrica de Chocolates.

A Cacau Show simplesmente comprou o Grupo Playcenter, pioneiro no segmento de parques de diversão no Brasil e que, no ano passado, faturou R$ 100 milhões.

• O Playcenter, que encerrou suas operações em 2012, já foi o maior parque da América Latina.
• O grupo, no entanto, possui 8 unidades indoor entre Playland e Playcenter Family.

O movimento se encaixa perfeitamente no propósito da empresa: “viver para juntos tocar a vida das pessoas, criando momentos memoráveis”.

Isso sem falar que era um desejo antigo do fundador ter um parque cujo tema principal fosse chocolate e cacau.

O executivo também exerga a compra como uma evolução natural da empresa, que iniciou com uma loja de 25 m² e hoje possui uma fábrica de 3.000 m² com carrossel e montanha-russa, em Itapevi, interior de São Paulo.

Falando em evolução… Não é de hoje que a Cacau Show expande seu foco para além das lojas.

Em 2022, a empresa inaugurou o Bendito Cacao Resort & Spa, hotel localizado na cidade de Campos do Jordão, também no interior paulista.

Já no final do ano passado, anunciou um investimento de R$ 100 milhões em um segundo hotel em Águas de Lindóia.

Maaaas… Isso não quer dizer que o Alê Costa não está se mexendo dentro de seu setor. Em outubro, a Cacau Show desembolsou aproximadamente R$ 70 milhões pela antiga fábrica da Chocolates Pan.

O executivo disse que a aquisição foi muito mais pelo valor histórico da marca do que no valor do negócio.

• Ele, inclusive, deu a entender que os equipamentos do local — máquinas de até 100 anos — poderiam ser utilizados para “contar uma história” no parque de diversões.

No entanto, especialistas acreditam que, além de conseguir produzir a menores custos do que a Pan, a compra desse ativo pode ajudar a Cacau Show a ocupar uma fatia do mercado ao explorar a memória afetiva do consumidor.

O que o futuro nos reserva?

A curto prazo, a empresa já está de olho na Páscoa e projeta um aumento de 35% nas vendas na comparação ano a ano. Ou seja, estamos falando de quase R$ 1,5 bilhão.

Fora isso, a Cacau Show pretende abrir 550 lojas este ano e, ao que tudo indica, quer ter mais fazendas para aumentar sua produção própria, que hoje é de 5%.

Já no longo prazo, o empresário disse que não deve recorrer a investimentos externos para ajudá-lo na concretização desses grandes sonhos.

• Mas, disse que, caso seja necessário, que a empresa já conta com um “baita” conselho administrativo há 10 anos, além de governança e comitês de risco.

Em suas palavras: “a empresa está prontinha para ir ao mercado de capitais. Só precisa “precisar”. risos.

É… Aquele menino de 17 anos que, em 1988, pegou US$ 500 emprestados de seu tio para produzir um pedido de 2 mil ovos de Páscoa de 50g está cada vez mais com a cara do “Willy Wonka” brasileiro. Alê Costa é o nome da emoção.