
A história de reinvenção da Abercrombie & Fitch
INFOGRÁFICO
A história de reinvenção da Abercrombie & Fitch


(Imagem: PYMNTS | Reprodução)
Quem cresceu nas décadas de 1990 e 2000 sabe que ir ao shopping era mais que um simples passeio, era uma diversão. Para muitos americanos, uma parada obrigatória eram as lojas da Abercrombie.
À época, a marca do alce, característica pelas camisetas polo e seus jeans rasgados, era a principal escolha dos adolescentes e jovens adultos — pessoas na faixa dos 18-25 anos.
- Há quem diga que ir a uma Abercrombie — com cores escuras, música alta e uma atmosfera meio provocativa — era quase como frequentar uma balada para esses adolescentes.
No entanto, com a ascensão do e-commerce e das redes sociais, a competição se intensificou e os consumidores passaram a ser mais minimalistas, deixando de se interessar pelo estilo “gritante” da marca.
O maior erro de Mike Jeffries, à época CEO da empresa, foi não aceitar que a moda e o varejo estavam mudando, especialmente nos preços — as roupas da Abercrombie não eram baratas.
Para piorar, comentários controversos feitos pelo executivo, destacando o que a empresa considerava como padrão de beleza, pegaram fogo na mídia.

O resultado: A reputação da Abercrombie despencou e, em dezembro de 2014, Jeffries deixou seu cargo.
- Dois anos depois, a varejista se tornou, literalmente, a mais odiada dos EUA, segundo o American Customer Satisfaction Index.
A ascensão e queda da Abercrombie foi tão marcante que até ganhou um documentário a Netflix.
A era Fran Horowitz
Em 2017, a executiva Fran Horowitz foi a escolhida para liderar o que seria uma maiores reviravoltas dos últimos anos… Ela seria construída sobre quatro pilares:
- Tornar o feedback do cliente a maior prioridade entre as equipes;
- Identificar um propósito específico da marca para o desenvolvimento de produtos versáteis, estilosos e com alta qualidade;
- Eliminar barreiras internas para melhorar a colaboração e inovação;
- Adotar uma estratégia de marketing focada em redes sociais.
Reposicionamento de marca. A Abercrombie mudou de a essência do privilégio e luxo para estilo americano simples enraizado em qualidade com foco nos clássicos modernos.
Na operação, uma das primeiras grandes mudanças foi a eliminação das unidades de mais 740 m² que estivessem desempenhando aquém do esperado.
By the numbers: Sob a liderança de Horowitz, o número total de lojas do Grupo Abercrombie — dona da Hollister — diminuiu de 868 em 2017 para 765 em 2023.
As lojas, inclusive, passaram por uma repaginação, desde iluminação e música até a decoração.
Pensando no produto, a marca passou a ser mais ágil para capitalizar tendências como, por exemplo, jeans com a cintura alta, roupas oversize e, mais recentemente, roupas básicas sem a exposição do logo.
O resultado: Mais de 12 milhões de novos consumidores desde 2018.
Esses novos consumidores são justamente o “ingrediente mágico” dessa reinvenção, organicamente evangelizando novos produtos, descobertas e descontos para milhões no Instagram e no TikTok.
A rede social chinesa, inclusive, foi utilizada para reintroduzir a Abercrombie aos consumidores mais jovens e mostrar que sua transformação era realmente autêntica.
Logo, a varejista — junto a uma consultoria focada na geração Z — passou a trabalhar com influenciadores da moda, bem como outro tipo de criadores de conteúdo, incluindo dançarinos e comediantes.
O grande diferencial: Em vez de dizer especificamente o que deveria ser postado, a marca optou por fornecer aos creators uma estratégia criativa e um pouco mais de liberdade.
A estratégia funcionou e o TikTok começou a virar tendência com hashtags como #AbercrombieIsBack e #abercrombie — a segunda possui mais de 350 milhões de views no app.
E se existe atenção e boa reputação, existem vendas… Bilhões em vendas. Em 2023, o faturamento líquido da Abercrombie foi de quase US$ 4,3 bilhões, a melhor marca da empresa desde seu auge em 2012.

Para coroar essa reviravolta, as ações da empresa subir 285% no ano passado, tornando-se a ação com melhor desempenho no Índice S&P e superando nada mais e nada menos que a NVIDIA.
👀 E pensar que, em 2016, especialistas acreditavam que seria impossível reverter a situação na qual a empresa estava... Fran Horowitz riu disso. risos.

Redação


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