Trek: Do celeiro que para uma potência global de bikes

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Trek: Do celeiro que para uma potência global de bikes

Redação
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29 maio 2025Última atualização: 29 maio 2025
Fundadores da Trek em 1976

(Imagem: Business Insider)

🚴‍♀️ Pedais, corrente… e US$ 2 bilhões em faturamento anual. Esse poderia muito bem ser o resumo de uma das maiores fabricantes de bicicletas do mundo: a Trek.

Com 48 anos de história, a provável queridinha do seu amigo triatleta é um dos principais players de um mercado que deve alcançar os US$ 70 bilhões até 2030 — o das bicicletas.

O celeiro vermelho

A história da Trek começa em 1976, no sul do estado de Wisconsin, nos EUA. Após uma conversa em um bar, os amigos Dick Burke e Bevil Hogg tiveram a ideia de começar uma pequena fábrica de bicicletas.

A região deles tinha uma tradição muito forte no ciclismo — e era o lugar ideal para começar o novo negócio.

Assim, com um celeiro alugado e 5 funcionários na folha, eles produziram 904 quadros — a estrutura central que conecta os pedais, guidão e rodas — no primeiro ano de operação.

(Imagem: Trek)

A visão era clara: Produzir bikes competitivas premium nos EUA, já que os modelos estadunidenses eram mais baratos e tinham menos qualidade que os europeus.

  • Na década de 1980, a Trek passou a construir as bicicletas completas e inaugurou sua própria fábrica.
  • Corta para os anos 1990: a empresa começou sua expansão internacional, mirando os mercados da América Latina, Europa e Ásia.

Ainda nessa época, a marca consolidou sua projeção global ao patrocinar ninguém menos que Lance Armstrong, que venceu 7 vezes a maior competição de ciclismo mundial, o Tour de France.

Apesar das polêmicas que envolveram Armstrong anos depois, o patrocínio foi um divisor de águas que posicionou a empresa como top player no mercado.

A escalada começou na virada do milênio

Consolidada no mercado competitivo, a Trek resolveu nichar seus negócios, com bikes urbanas, fitness, infantis e até elétricas.

Por falar nas elétricas… A empresa garantiu uma entrada rápida nesse mercado, que projeta chegar sozinho aos US$ 50 bilhões até 2030.

O resultado da expansão? Um salto de US$ 1 bilhão em 2016 para US$ 2 bilhões em 2024, também impulsionado pelo boom pós-pandemia.

Para se ter uma noção da amplitude, o modelo mais barato da Trek — uma versão infantil — custa cerca de R$ 2 mil, enquanto o mais caro — uma mountain bike elétricacusta R$ 110 mil.

Enquanto isso no Brasil… 🇧🇷

A empresa, que desembarcou por aqui pela primeira vez em 1991, tem crescido no Brasil graças ao hype do ciclismo e do triatlo — inclusive, a procura pelo termo triatlo cresceu 82% no país em 2024, comparado ao ano anterior.

  • Em 2023, a empresa contava com 20 lojas conceito espalhadas pelo país.
  • Por aqui, a marca é mais forte nos modelos premium e nas e-bikes, surfando tanto na popularidade da cultura fitness quanto na da sustentabilidade.
(Imagem: Associação Brasileira do Setor de Bicicletas)

Hoje, a Trek está presente em mais de 90 países, com 5 mil funcionários e um faturamento anual bilionário.

PS: O celeiro onde tudo começou ainda está de pé — e virou uma loja. Confira aqui.

Takeaways ✍️

Ao invés de tentar lutar pelo mercado das bicicletas como um todo, a Trek resolveu focar no nicho dos ciclistas profissionais nos EUA, consolidando a posição da marca antes da grande expansão.

  • Essa abordagem de nichar é muito usada no mundo das startups, justamente para não “ir com muita sede ao pote” e garantir alguma solidez.

Além disso, eles fizeram o mesmo na questão geográfica: antes de se tornarem uma referência global, dominaram o mercado americano, garantindo a base sólida que a marca precisava.

Outra arma da Trek foi estar no lugar certo, na hora certa, com o patrocínio de Lance Armstrong, que tinha o fit perfeito com a audiência da empresa — garantindo a associação da marca aos títulos do ciclista.

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