
Seria o futebol a nova mina de ouro para os investidores?
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Seria o futebol a nova mina de ouro para os investidores?


(Imagem: ESPN)
De celebridades a investidores de capital de risco, muitos estão gastando milhões para aproveitar a próxima corrida do ouro no esporte: os times de futebol.
Ao contrário de outros aportes em esportes profissionais, as equipes do esporte mais popular do mundo podem ter uma barreira de entrada muito menor e a oportunidade de retornos mais significativos no futuro. Os números não mentem.
- 🏴 Em 2021, os atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney compraram o time galês Wrexham AFC por US$ 2,5 milhões. Três anos depois, o time vale cerca de US$ 11 milhões, um aumento de mais de quatro vezes.
- 🏴 No mesmo ano, um grupo de investidores pagou cerca de US$ 40 milhões pelo Ipswich Town FC. Após subir 2x e voltar à principal divisão do futebol inglês, a Premier League, o clube inglês ficou avaliadoemmais de US$ 310 milhões.

Segundo Brett Johnson, um dos donos do Ipswich, o que torna o esporte tão interessante no exterior é o risco de rebaixamento e a recompensa de subir de divisões, pois há oportunidades de comprar clubes de tiers inferiores a preços descontados.
Segmentando por ligas, uma das, senão, a mais atrativa é justamente a Premier League, a maior em geração de receita no mundo, com cada clube podendo receber pelo menos US$ 100 milhões em pagamentos de direitos de mídia por temporada.
Por conta desses fatores, observamos cada vez mais investidores americanos se aventurando no futebol na terra do Rei. Há 20 anos, a PL não tinha proprietários majoritários americanos. Hoje, nove dos 20 principais times possuem.
Contudo, segundo Johnson, sempre existirão os riscos de comprar um clube, investir muito em sua reformulação e, muito pior que não consegui vê-lo subir de divisão, observá-lo ser rebaixado.
O interesse pelo futebol não se limita à Europa 🇺🇸
O futebol está ganhando espaço nos Estados Unidos, muito por conta de que times da NFL, NBA e MLB geralmente custam bilhões de dólares.
A Major League Soccer, que começou na metade da década de 1990, não teve uma vida tranquila em seus primeiros 10 anos. Contudo, nos últimos 5, a audiência do futebol nos EUA disparou.
- Em 2022, a final da Copa do Mundo da FIFA atraiu 26 milhões de telespectadores, mais do que as finais da NBA, do beisebol (MLB), do hóquei no gelo (NHL) e até mesmo que os Jogos Olímpicos de Inverno.
- Dois anos depois, um recorde de 12,1 milhões de torcedores compareceram a partidas da MLS, um aumento de mais de três vezes desde 2010.
Esse crescimento também se reflete no aumento vertiginoso das taxas de expansão para a Major League Soccer.
Por exemplo, os donos do Los Angeles Football Club (LAFC) pagaram US$ 110 milhões para fundar o clube em 2014. Já no ano passado, a MLS fechou um acordo por US$ 500 milhões para criar uma equipe em San Diego, também na Califórnia.

Em 2023, o LAFC se tornou o primeiro time da Major League Soccer a alcançar um valor de mercado de US$ 1 bilhão — este ano, essa cifra já é de US$ 1,2 bilhão.
O momento para investir no futebol nos EUA não poderia ser melhor. Além de ter ninguém menos que Lionel Messi competindo na liga — e contribuindo para essa popularidade atual do esporte —, o país sediará a Copa do Mundo em 2026.
- Além disso, outras divisões, como a National Women’s Soccer League e a United Soccer League, oferecem oportunidades para investidores de menor porte.
Contudo, o futebol nos EUA nem sempre é um negócio lucrativo — menos da metade dos times da MLS gera lucro. Fora isso, a ausência do rebaixamento nos esportes americanos significa que sua base de fãs muitas vezes perde o interesse.
Enquanto isso, no Brasil… 🇧🇷

Em 2021, o Congresso criou a Lei da SAF, permitindo que times, organizações privadas sem fins lucrativos formadas pela união de sócios, sejam transformados em empresas.
Com isso, empresários ou fundos de investimento podem comprar uma parcela, ou todos os ativos relacionados à atividade futebolística de um clube, muitas vezes assumindo suas dívidas e fazendo uma promessa de investimento.
John Textor e sua Eagle Football, por exemplo, compraram 90% das ações do Botafogo em 2022 prometendo investir R$ 400 milhões até 2025. Este ano, o clube já vale R$ 1,9 bilhão.
Ao todo, o Brasil já conta com 64 SAFs, com a Portuguesa sendo a última a aderir ao modelo. Enquanto MG, PR e SP são os estados com mais SAFs registradas, ainda há 8 sem nenhum clube no formato.

Redação

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