
Power Slap: A liga viral que está “mudando” a mídia esportiva
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Power Slap: A liga viral que está “mudando” a mídia esportiva


(Imagem: Sports Business Journal)
O ano era 2022. Dana White já era um nome consolidado no universo esportivo. Sob sua gestão, o UFC se tornou uma potência global:
- Vendas milionárias de pay-per-view;
- Receitas anuais bilionárias — US$ 1,4B em 2024;
- Mais de 625 milhões de fãs ao redor do mundo.
Mas, mesmo no topo, White via um problema se formando: Boa parte da nova geração não assistia a eventos completos, mas acompanhava os highlights no TikTok, os memes no Instagram ou os clipes no YouTube Shorts.
Observando esse comportamento, vários líderes da indústria esportiva passaram a “apostar” em lutas e jogos maiores, mais longos e com produções muitas vezes multimilionárias.
Maasss… Dana White decidiu fazer o oposto.
Ele criou algo novo e completamente absurdo aos olhos do mercado: o Power Slap, uma entidade focada no slap fighting — um “esporte” em que duas pessoas se revezam dando, literalmente, tapas na cara (veja aqui).

A crítica chamou de grotesco, antiético e até patético. Mas White não ligou. Ele não estava criando um esporte para a TV, e sim um produto para o algoritmo. Abaixo, alguns motivos:
- Cada competidor tem 30 segundos para dar um tapa, 30 segundos para se recuperar — e o processo se repete.
- Cada câmera grava na vertical, pronta para Reels e TikTok.
- Cada nocaute vira combustível viral instantâneo.
Em janeiro de 2023, o Power Slap foi lançado com um reality show na TBS, ecoando os primórdios do UFC, quando White e seus sócios usaram o The Ultimate Fighter na Spike TV para apresentar o MMA ao público.
No entanto, o Power Slap: Road to the Title foi cancelado após uma temporada, mas os eventos ao vivo ganhariam uma nova casa: a plataforma de vídeos Rumble, em um acordo que pagaria à liga de slap fighting US$ 30 milhões por ano.
Ao longo de 2 anos, os números começaram a falar por si: vídeos acumulando quase 20 bilhões de visualizações entre todas as plataformas.
O que parecia uma piada chamou a atenção — literalmente 👀
Dana White enxergou um modelo diferente de monetização do esporte. Não era mais sobre apenas vender ingressos ou pay-per-view, mas sobre vender atenção — e quanto mais o conteúdo circula, mais valor gera para o negócio e para os patrocinadores.
Não é à toa que, em março de 2025, foi anunciado que o Power Slap deixaria o Rumble e passaria a transmitir suas lutas de graça no YouTube — sem nenhum acordo financeiro especial com a gigante dos vídeos.
Um dos motivos é que, para White, o dinheiro é secundário ao objetivo de longo prazo de levar seu esporte emergente a um público mais popular — e o YouTube é onde esse público está.

Desde o início do Power Slap, o empresário tem contado muito com creators para divulgar o slap fighting, criando uma atmosfera de clube em cada evento, onde eles podem interagir e filmar vídeos.
Outro motivo é que, ao assinar com algum canal de televisão, ele teria que abrir mão do controle dos direitos lineares e digitais de transmissão, junto com os patrocínios obtidos. Manter esse controle dá a White a liberdade de buscar parceiros comerciais.
- Inclusive, a mudança para o YouTube faz parte de um novo acordo com a plataforma de blockchain VeChain, que pagará cerca de US$ 76 milhões nos próximos 6 anos pelos naming rights dos eventos.
- Além disso, White afirma estar negociando outros dois acordos, que elevariam o total combinado de “media rights” do Power Slap para mais de US$ 35 milhões em 2025.

Looking forward 🔮
O objetivo está claro: expor o slap fighting a um número relevante de pessoas, por tempo suficiente, para dessensibilizar quem ainda se indigna com a violência do esporte.
No fim das contas, é algo que funcionou com o UFC, que já foi chamado de “briga de galos humana”, mas hoje ultrapassou o golfe e o hóquei em relevância cultural e direitos de mídia.
A verdadeira fonte de renda, porém, será a realização de eventos no exterior.
- 🇸🇦🇦🇪🇶🇦 A Arábia Saudita deve sediar 4 eventos este ano e 2 em 2026, cada um pagando US$ 15 milhões — além de acordos semelhantes em Abu Dhabi e Catar.
- 🇧🇷🇿🇦 White ainda espera expandir para o Brasil e a África do Sul.

Redação
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