Por que grandes marcas americanas estão sofrendo na China?
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Por que grandes marcas americanas estão sofrendo na China?
(Imagem: Marketplace.org)
Não é segredo para ninguém que a China é um dos mercados mais importantes para grandes marcas americanas como Nike, Apple, McDonald’s e Starbucks. Os números não mente
O motivo: o país é o 2º maior mercado consumidor do mundo, com mais de 1 bilhão de compradores.
Contudo, nos últimos tempos, esse amor tem diminuído e essas grandes marcas americanas estão perdendo cada vez mais espaço para rivais locais.
No caso da Nike, à medida que a empresa transferia cada vez mais a sua produção para fora do país, suas vendas no país asiático assumiram uma nova importância.
- Em 2014, foram US$ 2,6 bilhões, cerca de 10% da receita global da empresa;
- Em 2019, o número saltou para US$ 6,2 bilhões — 17% da receita total.
Enquadrada de outra forma, a Nike registou um crescimento anual nas vendas na China de pelo menos 8,5% em 22 trimestres consecutivos entre 2014 e 2019. Nos 17 trimestres desde então, observou uma alta de pelo menos 8,5% apenas 5x.
Um dos principais motivos é que, atualmente, os jovens consumidores do país estão cada vez mais interessados em marcas que incorporam elementos da cultura e do estilo tradicional chinês, como é o caso da Anta.
A empresa passou a usar grandes e ousadas expressões que são motivo de orgulho no país como logotipos grandes e uma combinação de cores vermelho e amarelo.
Além disso, a Anta é a patrocinadora oficial do Comitê Olímpico Chinês desde 2009 e viu seu logotipo subir ao pódio 293 vezes desde então.
O resultado desses movimentos: A marca asiática passou de faturar pouco mais de US$ 1 bilhão em 2013 para superar os US$ 8,7 bi no ano passado.
Enquanto isso, do lado da Starbucks… ☕️
A gigante americana, que praticamente estabeleceu a cultura cafeeira no país, está vendo sua concorrência local crescer a ritmos impressionantes. Nessa corrida, uma empresa se destaca: a Luckin Coffee.
No final de 2023, a marca chinesa ultrapassou a Starbucks como a maior cadeia de café da China em vendas e unidades, muito por conta do seu modelo operacional, que exige uma equipe mínima para administrar suas filiais.
Além disso, a Luckin fixa o preço dos seus cafés com um desconto substancial, muitas vezes até 50% inferior ao da Starbucks.
Por um lado, os executivos da Starbucks insistem que não reduzirão os preços, o que, desde o ponto de vista de posicionamento de marca, é válido, pois a empresa se posiciona como uma marca premium
- Por outro, a empresa precisa olhar para os números, uma vez que suas vendas na China caíram 8% durante o primeiro trimestre de 2024, enquanto as da Luckin aumentaram 41%.
Como consequência, a gigante global de café teve que reduzir a previsão para o resto do ano, fazendo com que o preço de suas ações despencassem em maio.
Dito isso, a Starbucks ainda planeja fazer da China o seu maior mercado, mas, ao que parece, isso não vai ser uma tarefa tão simples quanto parecia há alguns anos.
Isso porque, em 2023, a empresa americana abriu quase 900 novas lojas em toda a China, elevando o seu número total no país para quase 7.000.
No mesmo período, a Luckin abriu quase 10 mil unidades e agora tem quase 18.600. Clique aqui para se aprofundar na estratégia da marca.
Tim Cook também não está nada feliz
No primeiro trimestre de 2024, a Apple viu as vendas de smartphones caírem 19% no país, enquanto as de sua concorrente chinesa, a Huawei Technologies, subiram 70%.
Já no 2º tri, pela primeira vez na história, só marcas da China dominaram as cinco primeiras posições no ranking de smartphones mais vendidos no país.
A grande região da China — inclui Hong Kong e Taiwan — representou 19% de todas as vendas da empresa da maçã em 2023.
The Big Picture: Ao que parece, o objetivo do Presidente Xi Jinping é que, à medida que o poder de compra dos chineses volte a crescer, eles passem a gastar esse capital em marcas do país.
Por conta disso, o líder da China deve priorizar o apoioa essas empresas, dando-lhes uma vantagem no mercado à medida que competem com empresas estrangeiras por uma fatia do bolo econômico cada vez menor da China.
Redação
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