Por que, de repente, a energia nuclear está retornando?
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Por que, de repente, a energia nuclear está retornando?


(Imagem: Montel Group)
Há décadas, a energia nuclear tem caído em desuso nos Estados Unidos e em outras grandes potências globais… Mas a conversa está mudando.
A crescente ameaça do aquecimento global — com mais de 100 países estabelecendo metas ambiciosas de zero emissão — e a explosão da inteligência artificial estão impulsionando a perspectiva da energia nuclear, que não emite carbono.
No caso da AI, a nuclear energy está emergindo como uma opção atraente para atender à crescente demanda de energia dos data centers.
No entanto, caso um país como os EUA queira reavivar sua indústria nuclear, precisará de um esforço abrangente. Isso inclui manter reatores antigos, construir novos e fomentar diversas startups.
Começando do começo… 🇺🇸
A terra do Tio Sam comercializou pela primeira vez a energia de fissão nuclear na década de 1950. Foi um feito notável da engenharia capturar a energia criada pela divisão do urânio.

A maioria das usinas começou a ser construída no final da década de 1960 e início dos anos 70. No auge, o país teve 112 reatores nucleares em operação. Então, em 1979, ocorreu o acidente nuclear da Three Mile Island (aprofunde mais aqui) — e a indústria nuclear americana praticamente parou.
Entre 2013 e 2022, treze reatores foram desativados nos EUA, sobretudo por razões econômicas. Além disso, o gás natural estava se tornando mais barato, e as energias eólica e solar — também mais acessíveis — estavam se tornando mais comuns.
A maioria das usinas começou a ser construída no final da década de 1960 e início dos anos 70. No auge, o país teve 112 reatores nucleares em operação. Então, em 1979, ocorreu o acidente nuclear da Three Mile Island (aprofunde mais aqui) — e a indústria nuclear americana praticamente parou.
Entre 2013 e 2022, treze reatores foram desativados nos EUA, sobretudo por razões econômicas. Além disso, o gás natural estava se tornando mais barato, e as energias eólica e solar — também mais acessíveis — estavam se tornando mais comuns.
Hoje, os EUA têm 94 reatores em operação, gerando cerca de 20% da eletricidade do país. Se os EUA quiserem aumentar sua produção de energia nuclear, o 1º passo é manter ou reabrir reatores obsoletos.
- Por um lado, a Southern Company concluiu a expansão da Vogtle no início de 2024 com os reatores 3 e 4.
Por outro lado, as usinas nucleares frequentemente enfrentam desafios relacionados a cronogramas de construção e estouros de orçamento, o que pode prejudicar sua viabilidade econômica e competitividade com outras fontes de energia. Veja o gráfico abaixo.

Inclusive, a expansão da Vogtle — maior usina nuclear dos Estados Unidos — ocorreu com 7 anos de atraso e custou cerca de US$ 18 bilhões a mais do que o esperado.
No entanto, outras empresas ainda estão investindo
Startups estão desenvolvendo novos projetos de reatores menores — chamados SMRs (pequenos reatores modulares) — para a próxima geração da frota nuclear do país.
- A ideia básica é produzir os componentes em massa em uma fábrica e, em seguida, colocá-los em um caminhão ou barcaça e entregá-los ao local onde tudo será parafusado.
Já no caso das grandes empresas… Amazon, Meta e Microsoft estão se juntando a grandes players da indústria para apoiar uma meta ambiciosa: triplicar a capacidade nuclear dos EUA até 2050.
- A empresa de Jeff Bezos já investiu mais de US$ 1 bilhão no setor nuclear e vê a expansão como essencial para garantir uma energia segura e sustentável;
- Já a companhia de Mark Zuckerberg planeja adquirir até 4 gigawatts de energia nuclear para a próxima década.
- Enquanto isso, a Microsoft investiu de US$ 1,6 bilhão com a Constellation Energy para reiniciar a usina Three Mile Island, que alimentará os data centers da empresa fundada por Bill Gates — aprofunde aqui.
🔮 Looking forward. O escolhido do presidente Trump para chefiar o Departamento de Energia dos EUA, Chris Wright, disse que vê a energia nuclear como parte da estratégia energética doméstica. Investidores, por sua vez, dizem que o “renascimento” nuclear provavelmente será acelerado sob o novo governo.
Enquanto isso, no resto do mundo… 🌍
Em dezembro, a China adicionou 34 gigawatts de capacidade nuclear em uma década, o suficiente para abastecer 30 milhões de residências.

Além disso, aprovou 11 usinas adicionais em 2024, o que a coloca no caminho para ter o maior setor nuclear do mundo até 2030. O país deve aprovar até 100 novos reatores nos próximos 10 anos.
No Velho Continente, a energia nuclear continua sendo uma das fontes de energia mais importantes da União Europeia, respondendo por 22,8% de toda a eletricidade gerada no bloco.
No entanto, apenas dois novos reatores estão em construção na região — um na França e outro na Eslováquia. Em compensação, a Rússia tem 14 novos reatores planejados — seis dos quais já estão em construção.
Já no Brasil, em dezembro de 2024, o Ministério de Minas e Energia implementou uma política de investimentos voltada ao setor nuclear, em colaboração com a empresa russa Rosatom, com foco na mineração de urânio e no desenvolvimento de pequenos reatores.

Redação
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