
O streaming está tomando o controle (remoto) dos esportes ao vivo
CASE
O streaming está tomando o controle (remoto) dos esportes ao vivo


(Imagem: Trivela | Prime Video)
Nos últimos tempos, as grandes ligas esportivas têm enfrentado um certo impasse em relação aos direitos de transmissão: redes de TV tradicionais não ofereciam valores satisfatórios.
- No caso da Major League Soccer (MLS), a solução foi recorrer à Apple para “salvar” suas receitas.
- A NBA, por sua vez, quando suas conversas com a Warner Bros. emperraram, buscou a Amazon.
O motivo desse movimento? O custo para transmitir esportes ao vivo disparou, pois eles são basicamente o último tipo de conteúdo que ainda garante grande audiência em tempo real — algo essencial para anunciantes e patrocinadores.
Para se ter uma ideia, nos últimos anos, a NBA triplicou o valor pago anualmente por seus direitos.
Paralelamente, parceiros tradicionais, como redes a cabo e canais regionais — importantes fontes de receita — estão em forte declínio e até fechando, dificultando o financiamento das ligas.
Aos poucos, o jogo tem mudado
Embora nomes como Disney, Warner e Paramount continuem sendo grandes players no ecossistema esportivo, Amazon, Apple e YouTube possuem mais “bala na agulha” — caso decidam usá-la.

A ESPN, por exemplo, está mais cautelosa. Mesmo tendo o maior portfólio esportivo dos EUA, não pode mais gastar como antes, quando alcançava 100 milhões de lares na terra do Tio Sam apenas via TV a caba — cifra que tem caído desde 2013.
No entanto, tudo indica que continuará investindo, mas escolherá os “esportes mais importantes”. Só na semana passada, o CEO Jimmy Pitaro fechou:
- Um acordo para comprar ativos de mídia e mais jogos da NFL, em troca de uma participação de 10% na ESPN;
- Um contrato de 5 anos (por mais de US$ 1,6 bilhão) com a WWE para transmitir grandes eventos ao vivo nos EUA.
Além disso, em seu novo app — com lançamento marcado para o final de agosto — será a primeira vez que a empresa disponibiliza todos os seus esportes ao vivo online para pessoas que não pagam por TV a cabo.
Já do lado do streaming…
A Amazon se consolidou como o principal player nos esportes ao vivo, com os direitos da NFL e NBA — em 2024, concordou em pagar US$ 1,8 bilhão por ano para transmitir os jogos da liga estrelada por LeBron James e cia.
Apple e Netflix foram mais seletivas. A empresa da maçã busca controlar a experiência do usuário, por isso opta por certos direitos (como MLS e MLB).
Já a companhia do Tudum, que inicialmente rejeitava esportes, agora investe em eventos grandes para aumentar audiência e impulsionar sua nova receita publicitária, testando negociações com NBA e UFC.
E por falar em UFC… Nesta segunda-feira (11/08), foi anunciado que a liga presidida por Dana White deixará de oferecer pay-per-view e levará todas as lutas para o Paramount+ e a CBS a partir de 2026.
O acordo de direitos nos EUA, de sete anos e US$ 7,7 bilhões, é uma vitória antecipada para o novo presidente da Paramount, David Ellison, que assumiu na semana passada.

Looking forward 🔮
Embora as pessoas ainda consumam mais esportes ao vivo na TV tradicional do que na internet, é apenas uma questão de tempo para que esse comportamento mude.
- 🇺🇸 Nos EUA, por exemplo, o tempo de consumo em serviços de streaming superou a soma da TV aberta e a cabo em maio de 2025.
- 🇧🇷 No Brasil, foi o esporte que fez com que a Amazon superasse a Netflix e assumisse a “ponta da tabela” entre as plataformas de streaming por aqui.
Agora, os olhos se voltam para a NFL, que deve negociar uma das maiores renovações financeiras da história dos esportes — incluindo um novo pacote desenhado especialmente para serviços de streaming como Netflix e Apple.

Redação

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