
O que faz a Apple abrir o bolso na hora de comprar empresas?
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O que faz a Apple abrir o bolso na hora de comprar empresas?


(Imagem: Jonas Elia | Unsplash)
No início deste mês, a Apple comprou o app de edição de imagens Pixelmator. O acordo ajuda a fortalecer as ferramentas criativas da empresa da maçã e oferece uma alternativa ao Photoshop da Adobe.
Embora os valores não tenham sido divulgados, estima-se que a compra tenha ficado na faixa de 8 dígitos, o que seria “barato” considerando que a BIG TECH tem mais de US$ 160 bilhões em caixa.
Acontece que a Apple nunca foi de gastar muito em fusões e aquisições (M&As) ao longo de sua história — seu maior cheque foi o de US$ 3 bilhões pela Beats, em 2014. Abaixo o TOP-10:

Apesar de US$ 3 bilhões ser uma valor significativo, ele é “fichinha” quando comparado às maiores aquisições de seus principais concorrentes:
- Google: Motorola Mobility em 2012 (US$ 12,5B);
- Facebook: WhatsApp em 2014 (US$ 19B);
- Amazon: Whole Foods em 2017 (US$ 13,7B)
- Microsoft: ActivisionBlizzard em 2022 (US$ 68,7B).
O que está por trás?
Ao que parece, a empresa da maçã usa os M&As para adquirir talentos — geralmente de equipes pequenas — que trazem experiência para uma tecnologia emergente ou necessária para produtos Apple já existentes.
No caso da Beats, embora a grande maioria conheça a marca pelos fones de ouvido, poucos sabem que ela possuía o serviço de streaming de música Beats Music, utilizado para dar início ao Apple Music.
Quando a BIG TECH quer expertise em um setor, ela compra várias empresas. Foi assim no caso do segmento de semicondutores:
- P.A. Semi — US$ 278 milhões em 2008;
- Intrinsity — US$ 121 milhões em 2010;
- Passif Semiconductor — comprada em 2013 por valor não divulgado.
Na última década, a Apple contratou muitos talentos relacionados a carros, para seu extinto projeto de veículo autônomo, e muitas empresas de realidade virtual/aumentada por conta do Vision Pro.

Segundo Neil Cybart, um dos nomes conhecidos meio tech quando se trata de análises sobre a BIG TECH, há três critérios que a empresa fundada por Steve Jobs não procura em uma aquisição:
- Marca: A Apple já é uma das principais marcas do mundo — para muitos, deve ser a principal;
- Receita: A empresa não precisa adicionar faturamento por meio de aquisições, apenas por meio de seus próprios produtos;
- Base de usuários: A companhia já tem mais de 2 bilhões de usuários.
Considerando os pontos acima, talvez seja por isso que o atual CEO da empresa, Tim Cook, recusou a proposta de se reunir com Elon Musk para negociar a compra a Tesla em 2017.
No entanto, a Tesla sempre teve “uma tonelada” de tecnologia e talento. Então, a solução da Apple foi convencer essas pessoas a se juntar ao time da maçã — só em 2018, contratou cerca de 50 ex-funcionários da montadora.
Será que a Apple mudaria essa abordagem?
Talvez. Até porque, hoje, nada que a empresa crie será tão lucrativo quanto o iPhone, que é um dos maiores produtos de consumo de todos os tempos, mas está em uma categoria agora madura.
Ao mesmo tempo, a Apple conseguiu criar novas linhas de negócios altamente lucrativas internamente.
- Transformou os Wearables em uma vertical que gera aproximadamente US$ 40 bilhões anualmente vendendo AirPods, relógios, entre outros produtos;
- Aumentou sua vertical de serviços da Apple em um bizness de que fatura por volta de US$ 100 bilhões por ano.

Maaas… Caso os óculos de realidade aumentada não sejam um sucesso e o iPhone não consiga decifrar a AI generativa, será que a Apple se aventuraria em algo grande?
Por anos, especula-se que a BIG TECH possa comprar a Disney. O CEO da casa do Mickey, Bob Iger, até escreveu em sua biografia que achava que as duas empresas teriam se fundido se Jobs ainda estivesse vivo.
Contudo, esse mega-acordo parece muito improvável. Alguns ativos da Disney — sobretudo os relacionados a conteúdo — até fazem sentido para a Apple, mas outros, como os parques, nem tanto. Pelo menos agora…

Redação

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