
Figma busca valuation de quase US$ 19 bilhões em IPO nos EUA
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Figma busca valuation de quase US$ 19 bilhões em IPO nos EUA


(Imagem: Figma)
Amanhã, 30 de julho, está marcado um dos IPOs mais aguardados do ano para a turma do Silicon Valley: a Figma, que busca levantar US$ 1,18 bilhão e alcançar um valor de mercado de quase US$ 19 bilhões.
A nova avaliação deve aproximar a Figma dos US$ 20 bilhões que a Adobe havia concordado em pagar para adquiri-la em 2022 — acordo que não foi para frente após obstáculos antitruste na Europa e no Reino Unido.
A abertura de capital também seria a cereja no bolo para os fundadores Dylan Field e Evan Wallace, que começaram sua trajetória empreendedora bem longe das ferramentas criativas…
Senta que lá vem história 🛋
Em 2012, Field largou a renomada Brown University após conquistar uma vaga na Thiel Fellowship, programa que então concedia US$ 100 mil (hoje US$ 200 mil) a jovens que desejavam “construir coisas novas em vez de ficar sentados em uma sala de aula”.
O pitch original: Uma empresa de software para drones que capturariam motoristas bêbados — confira aqui.

No entanto, ambos perceberam rapidamente um grande problema enfrentado por designers no dia a dia: a colaboração com suas equipes.
O que Dylan e Evan imaginaram foi ousado: uma ferramenta de design totalmente baseada no navegador, com edição “multijogador” em tempo real.
Na época, isso soava ridículo. A colaboração em tempo real no navegador ainda era um quebra-cabeça técnico — e as ferramentas de design ainda dominavam o mundo desktop.
Mas eles estavam decididos. Passaram os três anos seguintes aperfeiçoando o produto meticulosamente, construindo o que é aclamado como o “Google Docs para design gráfico”.
Lançaram uma versão beta em dezembro de 2015 e, publicamente, em setembro do ano seguinte.

Em 2018, a Figma lançou sua plataforma, realizou encontros em 17 países e levantou uma rodada de investimentos de US$ 25 milhões. Naquele ano, a empresa foi avaliada em US$ 115 milhões.
Corta para 2020…
A pandemia e o boom do trabalho remoto catapultaram o crescimento da Figma, que passou de US$ 25 milhões para US$ 75 milhões em receita anual — em apenas um ano.
- Em 2021, lançou o FigJam, ferramenta focada na ideação e desenvolvimento de novas ideias, e viu a colaboração entre continentes saltar de 8% em 2020 para 14%.
- Em 2022, estima-se que seu ARR (Annual Recurring Revenue) tenha ultrapassado os US$ 400 milhões.
No ano seguinte, veio o desfecho negativo da compra pela Adobe que, embora tenha sido um revés na época, posteriormente fortaleceu a Figma, que se manteve independente, cresceu e ampliou seu portfólio com produtos como DevMode, Slides e Sites.
Já em 2025…
A Figma é um raro caso de empresa operando no modelo de software como serviço (SaaS) que cresce rápido sem sacrificar eficiência.
Com US$ 912 milhões em ARR no primeiro trimestre do ano passado — crescendo 46% ano a ano —, ela supera gigantes como Nubank e Mercado Livre.
Com base apenas na receita de 2024, isso representaria um crescimento de 49%, superior a qualquer empresa de software de capital aberto nos EUA.

Boa parte desse sucesso vem do modelo PLG (Product-Led Growth). Em vez de depender de vendas complexas, a Figma foca em produto e experiência. E os números apresentados para o IPO não mentem:
- 132% de NRR (Net Revenue Retention), ou seja, crescimento de 32% ano a ano considerando apenas a mesma base de clientes.
- 76% dos usuários utilizam mais de um dos produtos disponíveis.
Maaas… Vale destacar: Esse NRR tinha um asterisco*. Inclui apenas clientes com ARR acima de US$ 10 mil, ou seja, não inclui clientes pequenos, geralmente mais voláteis.
A empresa opera com margem bruta de 88% e dá um baita lucro mesmo crescendo rapidamente — algo raro no mundo SaaS.
Looking forward 🔮
Analistas veem a Figma como “a empresa certa” para inspirar outras gigantes privadas de software a abrirem capital na bolsa.
🖥️ Com 13 milhões de usuários ativos mensais, a Figma se tornou peça central em times de produto.
🖌️ Mais de 60% dos usuários pagantes não são designers — um sinal claro de que a ferramenta virou plataforma. E mais: um hub de colaboração.
💰️ O IPO está precificado entre 13x e 15x receita, bem acima dos múltiplos típicos no Brasil.
Mas talvez esse seja o ponto: a Figma não vende apenas software — ela vende uma história sobre o futuro da criação digital.
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Redação
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