Como a Pantone se tornou a autoridade mundial em cores
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Como a Pantone se tornou a autoridade mundial em cores


(Imagem: The Hollywood Reporter)
O ano era 1956. Lawrence Herbert entra para, na época, uma pequena empresa de impressão chamada Pantone como especialista em correspondência de cores.
Durante aquele período, as embalagens, mesmo usando a mesma cor, eram menos consistentes do que agora, em que estamos acostumados a ver produtos em “pacotes” idênticos.
Por exemplo, a Kodak diz seus clientes eram mais propensos a comprar suas caixas com o amarelo mais clara, pois pensavam que as caixas com o amarelo mais escuro eram mais antigas e, portanto, continham filmes mais antigos.
- Os clientes não sabiam que a diferença de cor se devia ao fato de que as caixas serem impressas em fábricas diferentes, cada uma misturando suas próprias versões do amarelo Kodak.
Herbert reconheceu que isso era um problema à medida que crescia dentro da Pantone, tornando-se conhecido por sua expertise em química de cores. Até que, em 1962, ele comprou a empresa.
Foi aí que ele teve uma ideia…
No ano seguinte após a aquisição, ele e sua equipe criaram o Pantone® Matching System, um conjunto de fórmulas para que todas as fábricas imprimissem as embalagens na mesma cor, independente do dispositivo de impressão.

Acontece que, para muitas empresas, a cor faz parte da identidade da marca. Um exemplo clássico é a Tiffany, com seu tom específico de azul. Hoje, muitos, mesmo fora do mundo do design, o reconhecem como Azul Tiffany — veja aqui a história por trás da icônica cor.
Quase 70 anos após a entrada de Herbert na empresa, a Pantone desenvolveu essas fórmulas em mais de 10.000 cores.
Contudo, combinar cores entre formatos é mais difícil do que parece…
… Mas é vital para as empresas. Elas podem ter uma cor em mente e querem garantir que ela possa ser reproduzida em diferentes materiais, desde a linha de roupas até a vitrine ou o site da marca.
- Digamos que uma empresa queira a mesma cor em suas embalagens e anúncios em uma revista. Logo, a tinta pode ter uma aparência diferente em papel cartão e outra em papel brilhante.
Portanto, a Pantone teria que fornecer fórmulas ligeiramente diferentes para que as cores parecessem exatamente iguais, seja em uma superfície fosca ou com um acabamento brilhante.
Logo, para garantir que todas as cores tenham a mesma aparência, a Pantone tem um rigoroso processo de controle de qualidade e possui uma ferramenta chamada espectrofotômetro para comparar a mesma cor em diferentes superfícies.
Assim, ela analisa a luz refletida nos materiais e gera um valor numérico com base nessa cor. Em seguida, compara esse valor com o número da cor em seu índice oficial. Caso não correspondam, os dados são reformulados.
As cores são compiladas em “Guias de Cores” — o 1º foi lançado em 1963 com cerca de 500 cores. Ao longo dos primeiros 5 anos, foram vendidas mais de 200 mil cópias e, em 1973, já era usado em 58 países.

Hoje, existem dezenas de versões diferentes dos guias — alguns são até mesmo feitos especificamente para determinadas empresas — e eles podem custar entre US$ 700 e US$ 9.000.
- Esses guias são principal negócio e fonte de receita da Pantone. Ela os vende para designers, profissionais de marketing e artistas anualmente. Além disso, a cada ano, eles são atualizados com novas cores.
Para a outra grande parcela de sua receita, a companhia possui negócios de consultoria, licenciamento e serviços digitais.
A Universal Studios, por exemplo, contatou a empresa para o filme "Minions" de 2015, pedindo que criassem um novo amarelo. A Pantone criou esse tom inspirado na banana e o padronizou para a franquia — confira aqui os bastidores do processo.
A cereja do bolo 🍒
Embora a maior parte da receita da Pantone venha dessas verticais, sua conhecida campanha de marketing “Cor do Ano” pode ser o que a torna um nome familiar.
Introduzida em 2000, ela se tornou uma criadora de tendências amplamente reconhecido no mundo do design por volta de 2007 — relembre o anúncio da cor de 2025.

Em resposta à escolha anual de cores, designers de moda e interiores, profissionais de marketing e criadores tendem a incorporar o “pigmento” em seus projetos.
Embora Lawrence Herbert jamais pudesse prever a evolução da Pantone, sua ideia representou um salto para a indústria do marketing e para o mundo das cores. E, à medida que os produtos passam do físico para o digital, o escopo da Pantone terá que continuar evoluindo.
Takeaway. A pantone “não ganha dinheiro” vendendo tintas, máquinas de mistura de cores ou até mesmo as próprias cores. O que a Pantone vende é algo muito mais abstrato: uma promessa de uniformidade.

Redação


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