Como a Copa do Mundo de Clubes da FIFA pode mudar o futebol

CASE

Como a Copa do Mundo de Clubes da FIFA pode mudar o futebol

Redação
Redação
26 junho 2025Última atualização: 26 junho 2025
Copa do Mundo de clubes

(Imagem: beIN Sports)

De 4 em 4 anos, o mundo para para assistir ao maior espetáculo esportivo do planeta: a Copa do Mundo de Futebol, que reúne as maiores seleções em busca de um dos troféus mais almejados do esporte.

Só na última edição, no Catar, foram faturados US$ 6,13 bilhões — o equivalente a 83% da receita da FIFA (Federação Internacional de Futebol) entre 2019 e 2022.

O problema? Apesar do sucesso, a entidade ficou dependente da Copa. E, ao mesmo tempo, deixava outra fonte de renda bilionária na mesa: o futebol de clubes.

Na prática, enquanto a FIFA só fatura de verdade a cada 4 anos, as ligas nacionais — como o Brasileirão e a Premier League — e as competições continentais — como a Champions League e a Libertadores — geram receitas constantes.

Pensando nisso, a principal entidade do futebol decidiu inaugurar uma nova (e ao mesmo tempo antiga) competição: a Copa do Mundo de Clubes.

A história ⚽️

A trajetória do evento remonta ao século passado, com competições como a Copa Rio ou a Copa Toyota — que até hoje são questionadas quanto à validade como título mundial.

A primeira Copa do Mundo de Clubes organizada pela FIFA aconteceu em 2000, no Brasil, com o Corinthians como campeão inédito.

(Imagem: UOL | Rubens Cavallari | Folhapress)

Contudo, o evento com 8 equipes não foi para frente por dificuldades financeiras e falta de interesse do público.

Uma nova edição só foi realizada cinco anos depois, com apenas 6 clubes (um de cada continente) e um total de quatro partidas.

Apesar de se manter ao longo dos anos, a competição teve pouco protagonismo e pouca diversidade de campeões. Das 18 edições, 15 foram vencidas por equipes europeias, enquanto as outras 3 ficaram com times brasileiros.

Para vários clubes, o título tinha pouca relevância. Para muitos torcedores, o torneio era sem emoção. Para os patrocinadores, não era rentável — eram apenas 4 jogos, contra 64 do Mundial de seleções, por exemplo.

Uma nova Copa do Mundo 🌎

Após mais de 10 anos carregando um torneio pouco lucrativo e atrativo — e vendo a UEFA crescer com a Champions e a Conmebol com a Libertadores —, a FIFA anunciou um novo formato, inspirado na Copa do Mundo de seleções.

A proposta? A cada 4 anos, 32 clubes de todos os continentes disputam partidas em um único país, com uma premiação total de US$ 1 bilhão.

Gianni Infantino, presidente da FIFA (Imagem: Instagram / reprodução)

Para financiar um evento dessa magnitude, a FIFA atraiu parceiros tradicionais, como Coca-Cola, Visa e Aramco, além de nomes mais controversos, como o PIF (Fundo de Investimento Público Saudita).

  • Em relação aos direitos de transmissão, a plataforma DAZN pagou US$ 1 bilhão para transmitir o torneio — um valor expressivo para a primeira edição.

Com a escolha dos Estados Unidos como sede — aproveitando que o país também receberá a Copa do Mundo de seleções em 2026 —, tudo estava pronto para o início do torneio em junho de 2025.

O susto — e, depois, o alívio 😮‍💨

Apesar da dificuldade para vender ingressos — que chegaram a custar apenas US$ 4 —, o novo Mundial começou com 60 mil torcedores nas arquibancadas, assistindo o Inter Miami, de Lionel Messi. Confira a cerimônia de abertura abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=Egkvia6Yj_A

Nos jogos seguintes, o evento começou a empolgar até os torcedores mais céticos, com partidas emocionantes e várias surpresas — principalmente por parte dos times brasileiros.

Para se ter uma ideia, desde o início do torneio, as buscas por "Brazilian League" dispararam, algo quase inimaginável sem a visibilidade gerada pela competição.

E os números não mentem: só na primeira rodada da fase de grupos, mais de 500 mil fãs estiveram nos estádios, com média de 30 mil por partida — e uma expectativa de gerar US$ 9,6 bilhões para o PIB dos EUA.

Takeaways ✍️

Apesar do buzz inicial contrário ao evento — com críticas ao excesso de jogos na temporada e alegações de que o Copa do Mundo seria desnecessária" —, poucos perceberam que a FIFA estava jogando no longo prazo.

Realizar o torneio nos Estados Unidos é um primeiro passo para aumentar a presença da entidade no mercado esportivo americano, estimado em US$ 55 bilhões — algo semelhante ao movimento recente da Fórmula 1 no país.

Além disso, o novo formato foca em aumentar a visibilidade global do torneio e atrair patrocinadores, usando o storytelling da inclusão de clubes de todos os continentes para criar um evento verdadeiramente global.

Redação

Redação

Emoji de dedo apontando para a telaseu feedback importa!

Queremos sempre melhorar a experiência a sua experiência. Se puder, dê uma forcinha para o time de redação e conte o que você achou da edição de hoje.

1/2 - O que achou do post?

  • Ruim
  • Ótimo
Waffle

waffle | criando marcas que você gosta de consumir

junte-se a mais de 2 milhões de pessoas e receba nossos conteúdos com base no que mais se adequar a você

reflexões e experiências que despertam o seu melhor. para uma mente forte e uma vida leve

inscreva-se
terça e quinta, às 05:15

seu novo guia favorito! dicas de restaurantes, bares, exposições, filmes, livros, arte, música e muito mais.

inscreva-se
toda quinta às 11:11

um one-on-one com uma curadoria de conteúdos sobre carreira

inscreva-se
toda segunda, às 18:18

para começar o seu dia bem e informado: mais inteligente em 5 minutos

inscreva-se
sempre às 06:06 manhã