
Como 50 Cent “moldou” o modelo de equity para outros artistas
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Como 50 Cent “moldou” o modelo de equity para outros artistas


(Imagem: Rolling Stone)
O ano era 2004. Curtis Jackson, mais conhecido como 50 Cent, era o rei do hip-hop.
Seu álbum Get Rich or Die Tryin’ (relembre aqui) havia sido o mais vendido do ano anterior — mais de 12 milhões de cópias no mundo — e suas músicas dominavam as rádios e a cultura pop.
Mas ele queria algo além da música. Após fechar um patrocínio com a Reebok em novembro de 2003, o rapper — que não bebia álcool e, à época, era fanático por exercícios físicos — buscava uma parceria com alguma marca de águas.
- Seu agente, então, procurou um ex-parceiro de negócios que havia acabado de ingressar na Glacéau, controladora da Vitaminwater — que buscava desafiar o reinado do Gatorade.
Tudo começou com um teste, no qual 50 Cent bebeu Vitaminwater em um comercial da Reebok — veja aqui. Depois disso, o rapper poderia fazer como a maioria das celebridades da época: cobrar um cachê alto, gravar alguns comerciais, receber o cheque e vida que segue.
Mas 50 Cent não era “a maioria”

Tanto ele quanto seu agente quiseram investir e pediram uma participação na empresa — mas a Glacéau resistiu.
Em outubro de 2004, as partes fecharam um acordo: 50 Cent obteve 10% da companhia, além de seu próprio sabor de uva, o "Fórmula 50", da Vitaminwater.
Só que 50 Cent não fez como tantas celebridades que colocam o nome num produto e somem. Ele viveu a marca. Bebia Vitaminwater em todos os lugares, citava em músicas e aparecia com a garrafinha em clipes e shows.
Era como se a bebida fizesse parte do seu estilo de vida — e, claro, isso virou marketing gratuito para a empresa. O resultado foi surpreendente:
- Em 2004, as vendas da Glacéau estavam na casa dos US$ 100 milhões;
- Três anos depois, atingiram US$ 700 milhões — um crescimento de 7x.
Eis que entra visão de negócios de 50 Cent
Durante esse crescimento, alguns executivos quiseram vender suas ações para garantir o lucro.
Adivinha o que 50 Cent fez? Comprou ainda mais participação — e muitos acharam que ele estava sendo ousado demais. Mas, nos bastidores, parecia que ele sabia que algo grande estava por vir.
Em maio de 2007, a Coca-Cola fez uma proposta irrecusável à Glacéau: US$ 4,1 bilhões pela empresa.
A estimativa é que 50 Cent tenha embolsado cerca de US$ 100 milhões.

Por anos, ele manteve os detalhes desse acordo em sigilo. Durante seu processo de falência em 2015, lutou para que os termos exatos não fossem divulgados. Seu argumento? Revelar tudo poderia “arruinar sua carreira”.
A verdade é que aquele contrato virou seu maior trunfo
A fórmula que ele criou virou referência e abriu portas para outros artistas fazerem o mesmo. Uma nova era começou no mundo do entretenimento:
- Jay-Z tornou-se sócio da Oatly;
- Drake investiu na Daring Foods.
Todos seguiram o mesmo playbook: menos cachê, mais equity. E tudo começou com 50 Cent, que apostou na própria influência como seu principal ativo.
Takeaways ✍️
O que 50 Cent fez em 2004 vai muito além de uma jogada comercial. Ele percebeu que o maior valor estava em algo que muitos ignoravam: sua própria marca.
Não foi sorte. Foi visão de longo prazo, coragem para negociar diferente e consistência para viver a marca todos os dias.
A lição continua válida em 2025: sua marca pessoal é o ativo mais valioso que você possui. Ela pode atrair parcerias, gerar equity e criar oportunidades que nenhum cachê no mundo pode comprar.

Redação
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