
Canva: A universitária que democratizou o design
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Canva: A universitária que democratizou o design


(Imagem: Fortune)
O ano era 2006. Melanie Perkins era apenas uma estudante de 19 anos em Perth, Austrália. Paralelamente, ela trabalhava como professora particular de design gráfico, ensinando como usar Adobe Illustrator e Microsoft Designer.
- No entanto, os programas eram tão complicados que demoravam meses para que seus alunos aprendessem o básico.
Então, junto ao seu parceiro, Cliff Obrecht, ela começou a criar um software online que tornasse mais fácil para qualquer pessoa criar desde um pôster musical até uma apresentação de vendas.
Para testar essas ideias, eles buscaram atingir o mercado australiano de anuários, uma publicação anual que captura e comemora os eventos, alunos e conquistas de um ano letivo nos colégios. Eis que, em 2007, nasceu a Fusion Books.

O casal criou um software colaborativo — como o Google Docs —, simples de usar e oferecia modelos (templates) prontos.
O negócio foi um sucesso, mas eles nunca perderam de vista o que Melanie chamava de seu “grande e louco sonho” de um site de design completo. Então, ela foi atrás de investidores.
Perkins descobriu que Bill Tai, que financiava startups como capitalista de risco desde o início dos anos 1990, estaria em Perth. Após conseguir uma conversa de 5 minutos, ele lhe disse para ela o procurasse caso fosse para São Francisco.
Pouco tempo depois, ela pegou um avião para o Vale do Silício e os dois se encontraram. No entanto, durante a conversa, Melanie pensou que ele não estava interessado. Em suas palavras:
Ele estava no telefone e pensei que isso significava que ele não estava engajado. Mas então cheguei em casa e percebi que ele estava me apresentando para algumas pessoas.
Esse encontro foi o pontapé inicial. Não demorou muito para que o jovem casal começasse a apresentar propostas a vários investidores do Vale do Silício e até conquistar talentos, como os principais engenheiros de tecnologia do Google.
Maaaas… Ainda lhes faltava um ingrediente crucial: um cofundador técnico. Então, Bill os conectou com Lars Rasmussen, o cofundador do Google Maps, que concordou em se tornar seu consultor técnico.
- Foram vários os candidatos rejeitados até finalmente encontrar o seu cofundador, Cameron Adams, além de um desenvolvedor de tecnologia, Dave Hearnden, ambos do Google.
No final de 2012, o Canva levantou US$ 1,6 milhão de Tai e Rasmussen, bem como das empresas de capital de risco Blackbird Matrix e Interwest Partners.
Pouco tempo depois, a empresa conseguiu US$ 1,4 milhão do governo australiano, elevando o seu financiamento para US$ 3 milhões. Em agosto de 2013, após anos de trabalho em sua primeira versão, o Canva foi lançado. Veja o vídeo abaixo.
Seu primeiro movimento foi genial. Enquanto a Adobe se concentrava nos profissionais de design, o Canva tinha como alvo “todos os outros”, desde proprietários de pequenas empresas a professores e gestores de redes sociais. A estratégia foi igualmente brilhante.
- Plataforma gratuita, porém com recursos premium opcionais;
- Simplicidade de “arrastar” elementos e “soltar” para moldar o design;
- Modelos prontos para cada necessidade.
O Canva não foi apenas uma ferramenta, mas uma virada de jogo para não designers. Em 2014, já contava com 1 milhão de usuários, cifra que aumentou para mais de 4 milhões em 2015 e superou os 10 milhões ao final de 2017.
Mas Melanie não parou por aí. Ela expandiu para a colaboração em equipe e passou a competir, mesmo que em uma escala diferente, com gigantes como Microsoft e Google… E o resultado veio nos anos seguintes.
- Em outubro de 2019, uma rodada de US$ 85 milhões deu à empresa uma avaliação de mercado de US$ 3,2 bilhões;
- Em 2020, cerca de 85% das empresas Fortune 500 já utilizavam a plataforma;
- Dois anos depois, mais de 34 milhões de designs eram criados todos os meses no Canva.
Já em 2024, a empresa atingiu a marca de 200 milhões de usuários ativos mensais, alcançou um market share de 12,47% e, em outubro, ficou avaliada em US$ 49 bilhões.
PS: Esse foi o primeiro pitch deck do Canva em 2011 que, segundo a própria Perkins, “era horrível”.

Redação
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